Formação de bolhas na geomembrana de lagoas de lixiviado em aterros sanitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Zidan, Priscila Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23446
Resumo: As lagoas com geomembrana (GM) de PEAD são essenciais no armazenamento e tratamento de lixiviado dos aterros sanitários. O sistema de barreiras destes reservatórios, tem a função de impedir o vazamento do efluente. Entretanto, falhas na instalação e/ou operação da lagoa podem ocasionar furos na GM e, por consequência o vazamento do lixiviado. O contato deste efluente com o solo pode resultar na formação de biogás e a consequente formação de bolhas na lagoa. O presente estudo inspecionou a GM de duas lagoas de lixiviado do Aterro Metropolitano de Gramacho (lagoa de montante e sul), analisou o lixiviado, caracterizou as bolhas presentes na lagoa de montante e, para este reservatório avaliou as propriedades dos geossintéticos empregados, caracterizou furos encontrados e o solo abaixo da GM. Os resultados das inspeções nas duas lagoas indicaram 9 furos em cada uma delas. Na lagoa sul todos os furos estavam na base e na lagoa de montante havia oito na base (região das bolhas) e um no talude. Com exceção do furo no talude, todos os demais furos foram decorrentes do processo de instalação da GM. Amostras de solo coletadas abaixo da GM apresentaram concentrações de nitrogênio amoniacal, cloreto, condutividade, sódio e potássio muito acima dos valores encontrados no solo local, caracterizando a contaminação por lixiviado. O estudo concluiu que a causa da formação das bolhas foi a existência dos furos na GM decorrentes da instalação da lagoa. Os impactos associados à ocorrência das bolhas foram o aumento da área de vazamento do lixiviado em relação ao tamanho do furo inicial, a contaminação do solo e a exposição da GM à condição de tensão por longo período e a fatores como elevadas temperaturas e radiação UV, os quais estão associados ao envelhecimento precoce do geossintético. Foram recomendados: definição de requisitos normativos no país estabelecendo sistema de barreiras compatível com risco de lagoas de lixiviado, a definição da taxa máxima permitida de vazamento para comissionamento e operação das lagoas e a obrigatoriedade de realização da inspeção pelo método dipolo após instalação e durante operação dos reservatórios. A implantação destas recomendações está alinhada com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 3, 6, 11 e 14.