Melastomataceae da Ilha Grande, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil: diversidade, taxonomia e correlações com variáveis edáficas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rosa, Lilian Prado Gomes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7891
Resumo: Melastomataceae é uma das mais numerosas famílias de Angiospermae na Mata Atlântica. No estado do Rio de Janeiro está representada por elevada riqueza de espécies, ocorrendo, preferencialmente, nas Florestas Ombrófilas Densas. Embora com reconhecida importância para a flora do estado, ainda existem lacunas sobre o conhecimento dessa importante família, inclusive nas formações insulares. A Ilha Grande é considerada um dos mais importantes remanescentes de Mata Atlântica do Rio de Janeiro. Apesar de estudos investigarem a sua flora nos estudos últimos 15 anos, a família ainda carece de informações para a área. Desse modo, foi proposto este estudo visando ampliar o conhecimento florístico, taxonômico e ecológico da família Melastomataceae na Ilha Grande. Foram utilizados os procedimentos usuais para estudos florísticos e taxonômicos e análises estatísticas de ordenação e de regressão para avaliação do efeito das variáveis edáficas sobre adistribuição da família na Formação Montana da Ilha. Foram inventariadas 39 espécies pertencentes a dez gêneros: Bertolonia (1 sp.), Clidemia (3), Huberia (1), Leandra (5), Meriania (2), Miconia (16), Mouriri (2), Ossaea (3), Pleiochiton (1) e Pleroma (5). Representantes da família foram encontrados em 26 localidades. Leandra hirta Raddi e Miconia budlejoiedes Triana constituem-se novas ocorrências para a Ilha, e Miconia gigantea Cogn., uma redescoberta para a flora fluminense. As espécies se distribuem em todas as formações vegetacionais da Ilha, com maior representatividade nas Florestas Ombrófilas Densas Submontana. Das 39 espécies inventariadas, 20 ocorrem em duas ou mais formações e 19 estão restritas a apenas a uma. A Floresta Ombrófila de Terras Baixas e a Submontana compartilham o maior número de espécies. São fornecidas chaves de identificação e descrições morfológicas dos gêneros e das espécies, comentários sobre a distribuição geográfica e ocorrência nas formações vegetacionais da Ilha, habitats preferenciais, épocas de floração e frutificação, além de ilustrações e comentários sobre particularidades morfológicas e afinidades com espécies próximas. Cinco espécies são endêmicas do estado do Rio de Janeiro: Bertolonia valenteana Baumgratz, Meriania longipes Triana, Miconia gigantea Cogn., Pleroma granulosum (Desr.) D.Don e P. thereminianum (DC.) Triana, que apresenta problemas de conservação. As análises realizadas para avaliar as correlações entre espécies de Melastomataceae e variávies edáficas não apontaram nenhuma correlação entre as variáveis químicas e físicas do solo e a distribuição das abundâncias das espécies. Os resultados obtidos evidenciam grande expressividade de Melastomataceae para a vegetação da Ilha Grande, permitindo destacá-la no contexto de flora insular.