Análise multivariada das emissões de CO2 em horizontes superficiais sob diferentes tipos de cobertura do solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Brandão, Cássia Barreto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13250
Resumo: A análise das emissões de CO2 do solo nos últimos anos tem se tornado objeto de estudo relevante nos últimos anos, sobretudo em florestas tropicais na tentativa de compreender a participação desses ecossistemas no ciclo global do carbono. Neste sentido, este estudo propõe estimar os efluxos de CO2 em horizontes superficiais de diferentes áreas sob o domínio da Mata Atlântica no município de Santo Antonio de Pádua-RJ. Para isso foi utilizada a técnica da câmara fechada com sensor infravermelho durante três dias do verão (13/01-15/01) e do inverno (28/07-30/07) de 2015 em quatro diferentes tipos de áreas (A1- área reflorestada, A2- área desmatada; A3- área em recuperação; A4- área controle) em análise simultânea nos períodos da manhã (08:00) e da tarde (15:00). Associado as análises do CO2 foram coletadas informações meteorológicas e pedológicas das áreas selecionadas, visando estabelecer correlações estatísticas através da análise multivariada de componentes principais. Nos resultados obtidos verificou-se uma variação sazonal dos efluxos de CO2, predominando os maiores efluxos no verão e os menores durante o inverno, assim como os maiores valores às quinze horas e os menores às oito da manhã. Os resultados da análise de componentes principais demonstraram um comportamento oposto entre a área desmatada e a área controle, sendo que conforme os parâmetros químicos estavam mais adequados, menores eram as emissões de CO2 e vice versa. Na ACP os três primeiros componentes juntos explicaram 85,4% da variância total do conjunto de dados, sendo que das quinze variáveis selecionadas, apenas cinco foram mais importantes, destacando-se o papel do fósforo, da saturação por bases, matéria orgânica, CTC e argila, sendo que a última em associação positiva com as emissões e as demais em relação inversa. As áreas reflorestadas e em recuperação demonstraram-se mais influenciadas pelos parâmetros atmosféricos e físicos do solo, sendo que e a área desmatada esteve mais induzida pela temperatura do ar e do solo e pelo teor de argila. Portanto, verifica-se que a caracterização das áreas é de suma importância para a compreensão das trocas gasosas entre solo e atmosfera, sem a qual não seria possível entender as complexas dinâmicas estabelecidas entre áreas próximas, porém diversas em termos de conservação. Assim sendo, este estudo destaca a importância da preservação das florestas nativas, assim como a recuperação de áreas degradadas, tendo em vista que as áreas desmatadas contribuem mais para as emissões do que para o sequestro de carbono e de que as mais preservadas a exemplo da área controle deste estudo contribuíram mais para o sequestro do que para as emissões de CO2 para atmosfera