Consumo de desjejum e de desjejum em família, e adiposidade na adolescência: uma coorte de base escolar.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Hassan, Bruna Kulik
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4791
Resumo: A presente tese retrata o papel da frequência do desjejum e do desjejum em família sobre a adiposidade na adolescência, bem como a trajetória da frequência de desjejum e dos alimentos/grupos alimentares usualmente consumidos nesta refeição. Avaliaram-se adolescentes de duas escolas públicas e quatro privadas da região metropolitana do Rio de Janeiro, participantes do Estudo Longitudinal de Avaliação Nutricional de Adolescentes (ELANA). Os estudantes foram selecionados em 2010 (n = 809) e acompanhados por três anos. Para a presente tese foram utilizados dados do ensino fundamental, que originaram dois manuscritos. No manuscrito I, os efeitos do desjejum e do desjejum em família sobre as trajetórias do índice de massa corporal (IMC) e do percentual de gordura corporal (%GC) foram analisados por meio de modelos lineares de efeitos mistos para medidas repetidas. De maneira geral, não foi detectado efeito significativo das variáveis de exposição sobre a adiposidade. Contudo, maior aumento do %GC foi verificado entre meninas com consumo mais frequente de desjejum, tanto na linha de base quanto persistente após três anos, e com desjejum frequente com a família, em comparação ao consumo irregular. Meninos que reduziram ou aumentaram a frequência de desjejum em família em três anos apresentaram decréscimo mais acentuado no %GC, em relação aos que mantiveram consumo irregular. No manuscrito II, Equações de estimação generalizadas com modelos log-binomiais para medidas repetidas foram usados para estimar mudanças na frequência de desjejum em três anos e segundo características da linha de base, e com modelos multinomiais, para avaliar mudanças no tempo dos alimentos/grupos alimentares usualmente consumidos no desjejum. Entre meninas, maior risco de desjejum irregular ou omissão foi verificado após três anos. Observou-se maior risco de frequencia irregular de desjejum entre meninos com excesso de peso e entre meninas sem excesso de peso. Enquanto os meninos tinham maior risco de diminuir consumo de frutas, lanches, salgadinhos e presunto e menor risco de diminuir o consumo de queijo, as meninas apresentaram maior risco de diminuir o consumo de frutas, leite, achocolatado e presunto em três anos. Esta tese contribui na compreensão do papel do desjejum e desjejum em família sobre a adiposidade, bem como na caracterização do desjejum entre adolescentes no contexto brasileiro.