Indisciplina e suas redes de significação no cotidiano escolar: olhares sobre uma escola de Nova Iguaçu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Flávia Macêdo da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10027
Resumo: O presente trabalho se propõe a investigar os processos ligados à indisciplina. Perguntamo-nos acerca dos usos do espaço/tempo da escola que são considerados discordantes pelas normas institucionais: que redes de significações os sujeitos implicados nos eventos de indisciplina se apoiam na escolha de suas práticas? Buscamos entender quais as relações de poder se estabelecem no ambiente escolar, tendo em vista que os atos indisciplinados envolvem dinâmicas que se chocam com as premissas hierárquicas da escola. As maneiras pelas quais os alunos rotulados de indisciplinados lidam com os referenciais da cultura hegemônica? representados na cultura escolar? são pensadas nessa pesquisa sob duas perspectivas: (1) a insurgência como parte do habitus, dessa forma, inscrita no feixe de possibilidades que corrobora com as estratégias de perpetuação das desigualdades sociais; (2) ou como reação plástica, como tática que modifica a realidade social da escola e suas relações de poder. A investigação envolve os alunos do turno da tarde (6º ao 9º anos do ensino fundamental) de uma escola pública do município de Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro. A pesquisa delimita dois momentos, o primeiro, através da análise do livro de ocorrências, caderno no qual se anotam os nomes dos alunos considerados indisciplinados e seus os atos classificados por parte do corpo pedagógico como inadequados. E um segundo, no qual se estabelecerá um grupo focal para investigar os sentidos atribuídos ao que se define como indisciplina e a percepção de quais são as atividades classificadas como indisciplina. Tal discussão sobre a indisciplina pode contribuir na reflexão crítica sobre a instituição escolar, quanto às disputas de poder que ocorrem entre os atores escolares, ao mesmo tempo em que não prescinde da observação desses atores sociais enquanto pertencentes a redes de relações tanto pragmáticas quanto simbólicas.