A construção de uma identidade: a Igreja Batista da Chatuba no neopioneirismo (1958-1969)
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21049 |
Resumo: | Este trabalho trata sobre a formação da identidade batista brasileira a partir da relação da Igreja Batista da Chatuba com a Convenção Batista Brasileira, isto é, com a disputa de diversos grupos sociais no interior da Convenção e com as diretrizes que de lá partiram para as igrejas locais, entre os finais da década de 1950 e de 1960. Essa igreja teve sua trajetória marcada pela história do bairro onde se localiza, a de seus membros e pelo desenvolvimento do trabalho batista. Organizada em 1958, teve sua consolidação por volta de 1969, por meio de uma reestruturação, isto é, da reorganização de suas atividades e estruturas internas. Localmente, esse período foi período marcado crescimento populacional da metrópole do Rio de Janeiro a partir das migrações internas brasileiras e pelo crescimento industrial. Em nível nacional, houve uma maior integração do país na ordem econômica mundial e, em plena Guerra Fria, houve uma radicalização política que resultou na instauração de uma ditadura civil-militar (1964). Esse evento, que teve repercussão no interior da Convenção Batista Brasileira, juntamente com as disputas teológicas, marcaram a dinâmica sociorreligiosa denominacional do período. Daí a importância em compreender como os batistas entendiam a si mesmos e a própria realidade social. Por isso, pretendemos compreender como, nesse contexto, houve uma reorganização das características culturais que assinalam a fronteira entre aqueles considerados como batistas e os não batistas. Assim como em desnaturalizar uma determinada identidade religiosa. Em termos teórico-metodológicos, esta pesquisa se fundamentou no contato de dois campos, o da História Política e, principalmente, no da Nova História Cultural. Utilizamos o conceito de representação de Roger Chartier e a noção de identidade a partir de Michel Agier, Dennys Cuche e Tomaz Tadeu da Silva. Foi possível identificar que o padrão identitário construído no período estava relacionado com a disputa entre missionários da Foreign Mission Board da Southern Baptist Convention que atuavam no Brasil, o Movimento Diretriz Evangélica, o Movimento de Renovação Espiritual e o Movimento Neopioneiro. Com a vitória deste último, apoiado pelos missionários, foi estabelecido um padrão identitário marcado pelo anticatolicismo, pelo antiecumenismo, pelo anticomunismo e pelo antipentecostalismo. Tal padrão foi difundido entre as igrejas locais, como a Igreja Batista da Chatuba, por meio do investimento realizado na estrutura da Educação Religiosa denominacional, o que ocorreu justamente no momento de reestruturação dos trabalhos desta igreja. |