De Chávez a Maduro: as relações da Venezuela com os Estados Unidos (1999-2018)
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciência Política |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17300 |
Resumo: | Esta dissertação buscou explicar os motivos da continuidade na política externa entre Hugo Chávez (1999-2013) e Nicolás Maduro (2013-2018), mesmo com adversidades internas e externas. Durante o governo de Hugo Chávez, a Venezuela experimentou um período de relativa bonança econômica, aumento nos preços do petróleo, avanços sociais e crescente projeção internacional. O bolivarianismo foi confirmado repetidas vezes nas urnas e ganhou simpatizantes na América Latina. As relações com os Estados Unidos, historicamente amigáveis, tornaram-se cada vez mais tensas, permeadas por críticas, acusações e uma postura abertamente antiestadunidense por parte de Caracas. Após a morte de Chávez, Nicolás Maduro ascendeu ao poder em um contexto muito distinto de seu antecessor: declínio nos preços do petróleo, perda de aliados regionais, crescimento da oposição e a primeira derrota eleitoral. A despeito das diferenças, a orientação da política externa de Maduro permaneceu inalterada, principalmente em seus atritos com Washington e a defesa da revolução bolivariana. Essa postura tem altos custos para o país, manifestos em sanções econômicas e isolamento político. A pergunta que orienta a pesquisa pode ser colocada da seguinte maneira: por que, diante de tamanhas adversidades internas e externas, Nicolás Maduro manteve sua estratégia de ruptura com os Estados Unidos? Em outros termos: por que Maduro não buscou reorientar e moderar sua política externa em relação aos Estados Unidos? A hipótese do trabalho é de que os grupos de interesse domésticos que sustentaram Chávez seguem influentes no governo Maduro, o que resulta em uma política externa sem nenhum grande redirecionamento. O tema da pesquisa é a política externa da Venezuela, delimitada às relações com os Estados Unidos no período após a ascensão de Chávez até o final do primeiro mandato de Maduro. A análise do trabalho foi feita sob a ótica teórica liberal, que permitiu compreender o papel dos grupos de interesse domésticos e das instituições políticas e sua influência na política externa da Venezuela. |