Uma pandemia com cor na educação infantil: construindo relações educativas entre telas em tempos de (pós) pandemia da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Machado, Maria de Fátima Rodrigues Viana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21572
Resumo: A presente pesquisa de cunho qualitativa e participativa, parte do momento único vivido pela humanidade, a pandemia da Covid-19 (2020-2022). Assim, inserida nesse contexto pandêmico e vivendo todas as facetas que a pandemia nos expôs, foi como professora de Educação Infantil, que percebi que em grande parte do período pandêmico, a relação afetiva e de aprendizagem com as crianças de minhas turmas na Escola Pública Sebastião Branco foram construídas através de uma tela/celular. Com base nessa vivência, o trabalho dissertativo procurou a partir de uma pesquisa com crianças, discutir o que Costa (2002) afirma ser o papel que as novas tecnologias estabelecem como mudanças no modo de vida, indicando profundas transformações, inclusive, nas diferentes formas de assumir a nossa humanidade. Sendo assim, busquei investigar como o uso de tecnologias da informação e comunicação (TICs) pode auxiliar o processo educacional de crianças em idade pré-escolar, sem comprometer as bases e princípios da Educação Infantil? Que questões nos são apresentadas pós-pandemia? Sendo eu, uma mulher preta de origem humilde, que sofreu com a exclusão desde criança, vi nas ausências das crianças pretas na Educação Infantil em Teresópolis, a oportunidade de atuar como professora/pesquisadora, dialogando com aqueles com quem construo o meu fazer pedagógico. Assim, ao descobrir que Maykconn Felippe, um menino negro de 5 anos não poderia participar de nossos encontros remotos, porque o celular que ele usaria era o mesmo que sua irmã usava em seu horário escolar, delimitei um recorte racial na pesquisa, em função do racismo estrutural ao qual a população preta é submetida, nos fazendo perceber que dentro da escola, o racismo e as desigualdades sociais e tecnológicas ainda se fazem bastante presente, atravessados também pela formação social psignorado historicamente pelo conceito de uma democracia racial no país.