Discursos, imagens e sentidos: diálogos com os heróis no subsolo: uma pesquisa em três atos com os cotidianos em redes educativas
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10431 |
Resumo: | A palavra herói é carregada de sentidos e um deles é o modelo de herói tradicional, destinado a vencer. Estaria ele extinto? Ou continua enaltecido por um discurso que ao longo do tempo veio se afirmando como uma narrativa única? A representação do herói na literatura europeia produziu na sociedade ocidental os primeiros modelos de heróis, especialmente nos textos e narrativas dos romances de cavalaria, que por tantas vezes, aprendemos, com as suas regularidades de discursos, que são verdadeiros . Os discursos sucessivos e idênticos, ou pelo menos análogos, atravessaram os tempos por meio de indivíduos, obras, conhecimento ou teorias. Produziram-se formações discursivas (FOUCAULT, 2013, 2014) sobre a imortalidade, sobre a valorização de uma racionalidade instrumental, sobre a invencibilidade, a superioridade e o dualismo entre bem e o mal. Discursos, cujos diferentes textos e práticas remetem uns a outros, formando um tecido discursivo único. Assim, a pesquisa de doutorado em questão pretende tensionar aquilo que Foucault (2013) investigou como princípio das descontinuidades, seus deslizes e a inversão desse discurso dissipando com a aparente naturalização e homogeneidade. Nesse sentido, a (des)invenção do discurso de um tipo de herói clássico/tradicional nos capacita a encontrar outras maneiras de olhar de novo para as práticas sociais, para as histórias e, assim, desnaturalizá-las. Esse desinventar de um sentido de herói será discutido através de embates, entre perspectivas de narrativas de heróis polifônicos, carnavalizados (BAKHTIN, 2008, 2010), ordinários (CERTEAU, 1994), infames (FOUCAULT, 2003), ambivalentes, híbridos (BHABHA, 1998), afrodiaspóricos e rasurados (HALL, 2007). O modo de apresentar a pesquisa será através da construção de um texto teatral enquanto gênero do discurso, conceitualmente estético, como linguagem de efeito de interação verbal em três atos, objetivando refletir sobre a posição do herói/personagem por dentro de outro gênero, o gênero do discurso científico. Toma-se como ponto de partida os Estudos Culturais e/ou Pós-Coloniais, de autores como Stuart Hall (2003, 2006, 2007), Homi Bhabha (1998) e Franz Fanon (2008); e, mais adiante, os estudos da linguagem, acentuando o caráter dialógico, os conceitos de dialogismo, cronotopo e os sentidos do autor e o herói na atividade estética investigada por Mikhail Bakhtin (2008, 2010, 2011, 2014), os quais se constituem fundamentos teóricos da pesquisa |