Levantamento epidemiológico de hipersensibilidade dentinária e trauma dental em crianças e atletas dos Jogos Pan-americanos e Parapan-americanos de 2007

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Vieira, Rafaela Amarante de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14085
Resumo: O objetivo deste trabalho é realizar um levantamento epidemiológico observacional transversal de trauma dental e hipersensibilidade dentinária em quatro populações diferentes: crianças inseridas em um projeto social esportivo, em Guadalupe, chamado Bola para Frente (BPF); crianças da Escola República Argentina (ERA), em Vila Isabel; e atletas participantes dos jogos Pan-americanos (PAN) e Parapan-americanos (PARAPAN) de 2007, no Rio de Janeiro. A avaliação foi feita através do preenchimento de um questionário, seguido de exame clínico em cadeira odontológica, realizado por três examinadores calibrados. As populações examinadas foram: a) no BPF 294 indivíduos de 6 a 17 anos, sendo 57,48% do sexo masculino; b) no ERA, foram examinadas 281 crianças, entre 6 e 18 anos, sendo 48,75% do sexo masculino; c) no PAN, 424 atletas, sendo 55,42% homens, com idade de 13 a 49 anos; d) no PARAPAN, 121 atletas, sendo 78,15% homens, com idade de 13 a 58 anos. As prevalências de hipersensibilidade no BPF, ERA, PAN e PARAPAN, foram respectivamente de 41%, 43%, 40% e 54% através do questionário, e 7% , 7%, 17% e 27 % através do teste do jato de ar. Não houve diferença estatisticamente significativa entre sexos com relação à hipersensibilidade. Na população adulta, no PAN e PARAPAN, 47,79% (IC 95% ± 8,4) e 73,24% (IC 95% ± 10,3) dos dentes com sensibilidade tinham algum grau de recessão. Em relação ao trauma as prevalências foram de 27,21% (IC 95% ± 5,09) no BPF, 28,11% (IC 95% ± 5,26) no ERA, 49,63% (IC 95% ± 4,85) no PAN e 47,50% (IC 95% ± 8,93) no PARAPAN. Dentre os atletas de alto rendimento, participantes do PAN, a maior prevalência de trauma estava associada ao treinamento ou competição. As modalidades com maior prevalência foram basquete (70,59%; IC 95% ± 21,66), lutas (83,33%; IC 95% ± 21,09) e boxe (73,68%; IC 95% ± 19,8). Nas quatro populações, a injúria mais comum foi a fratura de esmalte e os dentes mais atingidos foram os incisivos centrais superiores. Em relação ao sexo, apenas no BPF houve uma diferença estatisticamente significativa, sendo os meninos os mais atingidos. Os dados deste estudo refletem as prevalências de trauma e hipersensibilidade de quatro populações, compostas por crianças e adultos praticantes de esporte. Em atletas de alto rendimento houve um maior risco de trauma dental associado a modalidades que apresentam contato físico, onde nem sempre o uso de protetor bucal é obrigatório.