Equilíbrio HAT/HDAC, encurtamento telomérico e o papel dos monócitos do sangue periférico na geração de macrófagos M1 e M2 nos diferentes fenótipos e gravidade da DPOC
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22360 |
Resumo: | A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma patologia heterogênea em sua apresentação clínica. Três principais fenótipos são propostos: misto DPOC-asma, exacerbador e enfisema; assim como diferentes graus da doença: leve, moderado, grave e muito grave. Apesar de muitos tipos celulares contribuírem na fisiopatologia da doença, os macrófagos são os que possuem maior atuação no quadro inflamatório da DPOC. A base molecular da amplificação da inflamação na DPOC ainda não foi completamente elucidada, o balanço das histonas acetiltransferases (HATs) e histonas desacetilases (HDACs) têm sido reportados como elementos influentes na transcrição de genes pró-inflamatórios. Além disso, a DPOC tem sido uma doença relacionada ao envelhecimento. A resposta inflamatória e a senescência celular são eventos críticos em sua patogênese. O objetivo deste estudo foi investigar a expressão de HATs e HDACs, o comprimento dos telômeros, o perfil dos monócitos e o seu potencial de diferenciação para macrófagos do tipo M1 e M2 nos diferentes fenótipos clínicos e gravidade da doença. Contribuíram para esta pesquisa, 105 voluntários com DPOC atendidos no ambulatório de Pneumologia da Policlínica Universitária Piquet Carneiro, 42 voluntários fumantes e 73 voluntários controles não fumantes. A avaliação da expressão de HAT e HDAC e a análise relativa do comprimento telomérico de células do sangue periférico foram realizadas por PCR em tempo real. A caracterização do perfil de monócitos clássicos, intermediários e não clássico do sangue periférico, e do perfil M1 e M2 de monócitos diferenciados foram realizadas por citometria de fluxo. A diferenciação de monócitos foi induzida, por cinco dias, em quatro condições distintas de cultura: M1 (GM-CSF ou GM-CSF + LPS) e M2 (M-CSF ou M-CSF + IL-4). Identificamos uma redução de HDAC2 nos pacientes DPOC leve, moderados e grave, além de, uma redução significativa na expressão de HDAC3 nos pacientes DPOC moderados e graves, um aumento na expressão de HDAC4 nos DPOC leve e uma redução na expressão de EP300 (HAT) em DPOC graves. Em relação aos fenótipos, houve uma redução significativa na expressão de HDAC2 nos classificados como enfisema e exacerbador e uma redução de HDAC3 apenas no fenótipo enfisema. Surpreendentemente, o encurtamento telomérico foi constatado em voluntários fumantes, pacientes misto DPOC-asma, exacerbador e enfisema, assim como nas classificações de todos os graus da doença. Também encontramos um aumento de monócitos intermediários nos pacientes com DPOC leve, moderada, grave e muito grave. O fenótipo exacerbador apresentou um aumento de monócitos intermediários e não clássicos. Em relação aos perfis de células diferenciadas, os pacientes com DPOC demonstraram um predomínio dos marcadores CD163 e CD206, relativos ao subtipo M2. Nossos dados sugerem que os pacientes com DPOC apresentam alterações genéticas, com assinaturas diferenciadas nos fenótipos e estágios de gravidade, assim como alterações nos perfis celulares, determinantes na qualidade da resposta imunológica e importantes para futuros tratamentos e terapias personalizadas. |