Avaliação dos critérios diagnósticos da ceratose actínica através da microscopia confocal a laser

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mota, Amanda Nascimento Cavalleiro de Macedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23642
Resumo: O diagnóstico da ceratose actínica (CA) é baseado primordialmente no exame clínico e eventualmente confirmado pela análise histopatológica (AH), indicada nos casos duvidosos ou refratários ao tratamento. O desafio é estabelecer o diagnóstico correto através de uma avaliação minimamente invasiva, sendo a concordância clínico-patológica limitada, em especial no que tange ao grau de acometimento epidérmico e ao subdiagnóstico de formas iniciais de carcinomas espinocelulares (CEC). O objetivo deste estudo é validar a análise da CA pela microscopia confocal a laser (MCL), um método de imagem não invasivo, com resolução celular e que permite o acompanhamento longitudinal das lesões, o qual viabiliza uma avaliação mais detalhada da resposta terapêutica e uma comparação entre diferentes opções de tratamento. Para esta validação, visa-se determinar os parâmetros relevantes na análise à MCL, comparados à AH, calculando-se a sensibilidade (S), especificidade (E), valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) de cada critério encontrado na CA. Através do exame clínico, 25 CAs foram selecionadas para dermatoscopia, RCM e excisão por shaving para AH. A análise estatística foi realizada por testes de hipóteses (McNemar para variáveis binárias e Wilcoxon para a variável contínua). Não houve diferença significativa entre MCL e AH para 5 dos 6 parâmetros estudados. Os critérios estatisticamente relevantes foram: paraceratose (p-valor 0,4449690; S 90%; VPP 78,26%), hiperceratose (p-valor 0,24821313; S 87,5%; E 100%; VPP 100%; VPN 25%), disceratose (p-valor 0,617075; S 85,71%; E 75%; VPP 94,74%; VPN 50%), atipia dos ceratinócitos da camada espinhosa classificada como leve, moderada ou acentuada (p-valor 0,145032) e inflamação na epiderme (p-valor 1,000000; S 75%; E 20%; VPP 78,95%; VPN 16,67%). A MCL não conseguiu aferir adequadamente a inflamação na derme (p-valor 0,013328), apesar da boa sensibilidade (68%) e VPP (100%) obtidos. A MCL mostrou-se um método eficaz para o diagnóstico da CA, com resolução celular equiparável à AH, com a vantagem da abordagem não invasiva e livre de artefatos histológicos. A validação da classificação da atipia ceratinocítica em 3 graus, aliada a presença ou ausência dos demais 4 critérios, configura uma ferramenta promissora para futuros estudos que comparem evolutivamente uma mesma lesão de CA, de forma numérica e objetiva.