Nada sobre nós, sem nós : empoderamento e recovery em um estudo de um grupo de ajuda e suporte mútuos em saúde mental no município do Rio de Janeiro-RJ.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Figueiredo, Angela Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4403
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo principal descrever e analisar as experiências dos usuários e das usuárias participantes de um grupo de ajuda e suporte mútuos do Projeto Transversões da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, associadas aos processos de recovery e de empoderamento. Os conceitos são mais frequentes na bibliografia anglo-saxônica e são sistematizados neste trabalho. Considerando a realidade das nossas práticas de saúde mental e de reforma psiquiátrica, seus limites e desafios atuais, a pesquisa visa contribuir para os avanços no campo, na realização de um estudo que priorize e estimule as experiências brasileiras de protagonismo de usuários e usuárias dos serviços de saúde mental, tal como os grupos de ajuda e suporte mútuos, dispositivos relativamente autônomos de cuidado e de suporte que consistem em importantes estratégias de recovery e de empoderamento dos usuários, usuárias e familiares da rede de saúde mental. Foi escolhido como método a pesquisa participante com os sete usuários e as cinco usuárias do grupo básico de facilitadores do projeto. Para analisar os processos de recovery e de empoderamento no dispositivo grupal em foco, foi necessária a contextualização da nossa realidade de reforma psiquiátrica e de como se deu o engajamento de usuárias e usuários, a fim de situar os processos na nossa realidade. Para a análise do material empírico produzido a partir do diário de campo, a prática dos grupos de ajuda e suporte mútuos foi relacionada aos processos de recovery e de empoderamento de seus participantes. A partir do desenvolvimento das categorias analíticas, foram discutidos os desafios e efeitos do trabalho com o grupo para seus processos de protagonismo, de um modo geral, como contribui para a lida com as suas questões de vida cotidiana e como dialoga com a nossa rede de atenção psicossocial e com seus atores. Foram abordadas as questões mais gerais sobre o funcionamento do grupo, os temas e as questões da vida cotidiana levadas ao grupo, as questões relacionadas ao trabalho, as iniciativas de suporte mútuo, a relação com os serviços de saúde mental e o SUS, bem como a relação com evidências e indicadores de efetividade dos grupos. Como considerações finais, a partir dos principais resultados sobre a experiência dos grupos de ajuda e suporte mútuos e com o trabalho, tendo como pano de fundo os conceitos de recovery e de empoderamento, foram feitas algumas recomendações e sugestões para a política de saúde mental e para o SUS.