Batalha da Flores: uma festa e suas possibilidades educativas para a cidade do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22918 |
Resumo: | Esta tese de doutorado tem como objetivo investigar a Batalha da Flores, uma festa educativa promovida pela Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro entre os anos de 1903 e 1909, como parte das ações que integraram a reforma urbana realizada pelo prefeito Pereira Passos na primeira década do século XX. Pelo método indiciário, analisam-se fontes documentais oriundas da imprensa da época, atos oficiais da Prefeitura e imagens, sobretudo fotografias produzidas por Augusto Malta como fotógrafo documentalista contratado por Passos para registrar as transformações pelas quais passava a cidade. Como aporte teórico-metodológico, o trabalho se embasa na perspectiva analítica de Norbert Elias e John L. Scotson, cujas contribuições para o entendimento de configurações sociais marcadas por tensões entre grupos estabelecidos e outsiders, bem como do desenvolvimento processual do conceito de civilização em sociedades ocidentais abrem caminhos profícuos para a compreensão da Batalha das Flores do Rio de Janeiro como uma celebração carnavalesca inspirada no carnaval francês da cidade de Nice, pela qual a Prefeitura buscou, por meio da socialização, desenvolver entre os grupos populares hábitos considerados mais refinados, segundo os parâmetros de civilização e modernidade das elites europeizadas da época, levando ao desenvolvimento do apreço por celebrações mais contidas e, consequentemente, ao recrudescimento das brincadeiras populares que envolviam ânimos mais exaltados, como o entrudo. Mobiliza-se, ainda, a noção de circularidade cultural proposta por Carlo Ginzburg, a fim de observar o processo de apropriação e releitura, pelas camadas populares da população carioca, de elementos europeizados da festa estudada. |