Padrões temporais na dieta do bagre Auchenipterichthys longimanus: efeito da regeneração de um igapó amazônico e especialização
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5904 |
Resumo: | A ecologia trófica de Auchenipterichthys longimanus (Günther, 1864) no Lago Batata foi estudada a partir de campanhas anuais no período de enchente, em longa série temporal. A base de dados deste estudo consistiu da análise quali-quantitativa (Frequência de ocorrência e Volume) do conteúdo estomacal, quantitativo (Quociente intestinal, Índice de Repleção estomacal, Fator de condição Relativo e Índice Hepatossomático) e qualitativo (Grau de Gordura Visceral). Utilizou-se 303 espécimes de peixes coletados com baterias padronizadas de redes em duas áreas: uma impactada por rejeito de bauxita (área Impactada) e uma área prístina (área natural). Comparou-se o hábito alimentar, intensidade alimentar, riqueza e composição dos itens alimentares, amplitude de nicho e condição corporal de A. Longimanus a fim de discutir os padrões exibidos nas áreas impactada e natural, bem como avaliar as variações desses parâmetros ao longo da regeneração do igapó e da influência da variação interanual do nível de inundação do lago (Capítulo I). O hábito alimentar das populações em ambas áreas foi generalista, com grupos de indivíduos especialistas e oportunistas. A intensidade alimentar foi menor e heterogênea (grande variação entre indivíduos) na área Impactada, e não apresentou aumento sob influência da regeneração do igapó. As riquezas foram similares entre áreas e não aumentaram sob influência da regeneração do igapó. A composição de itens alimentares entre áreas foi similar, porém os consumiram em diferentes proporções. O consumo de itens autóctones e alóctones entre áreas foram diferentes e, na área natural, variou sob influência do nível de inundação. Quando avaliamos a área Impactada, ao longo dos 24 anos de regeneração do igapó, a estrutura de itens alimentares consumidos se tornou similar ao da área natural, ou seja, consumiram itens de mesma origem (e.g. recurso vegetal, invertebrado terrestre, invertebrado aquático). As amplitudes de nicho entre áreas foram similares, mas quando observamos ao longo dos anos na área Impactada ocorreu aumento sob a influência do nível de inundação. A condição corporal da espécie se manteve sem diferenças significativas entre as diferentes áreas, temporalmente. Apresentamos, também, dados analisados com o objetivo de descrever quali-quantivamente a dieta da população coletada na área natural, entre oito anos de monitoramento, comparando o aspecto intrapopulacional especialização individual, através da dieta de 113 espécimes (Capítulo II). Concluímos que no que se refere à especialização individual, a composição da dieta variou temporalmente, mas a especialização individual (IS) foi consistentemente alta em todos os anos. No tocante às variações associadas à recuperação do igapó, concluímos que a espécie demonstrou plasticidade alimentar, na qual refletiu na ausência de variação na condição corporal e demonstrou ser indicadora de recuperação do igapó |