Acurácia tridimensional do planejamento virtual em cirurgias ortognáticas
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14070 |
Resumo: | O sucesso da cirurgia ortognática depende da técnica cirúrgica e da acurácia do planejamento. O planejamento em cirurgia ortognática tem evoluído muito nas últimas duas décadas, especialmente em relação ao desenvolvimento do planejamento cirúrgico virtual tridimensional. O objetivo deste estudo foi avaliar, através de metodologia tridimensional, a acurácia do planejamento cirúrgico virtual realizado pelo programa Dolphin Imaging®. A amostra do trabalho foi composta por 10 indivíduos, de ambos os sexos, sem crescimento, portadores de má oclusões de Classe II ou classe III, que necessitassem de cirurgia bimaxilar mais mentoplastia, para correção da deformidade, acompanhados de forma prospectiva. Todos os pacientes foram operados pela equipe de cirurgia bucomaxilofacial do Hospital Universitário Pedro Ernesto. A documentação dos pacientes era composta por tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT), modelos das arcadas e fotografias pré-operatórias e CBCT pós-operatória. Os planejamentos virtuais foram realizados pelo módulo cirúrgico do programa e transferidos para o momento da cirurgia, através de uma goteira interoclusal obtido por prototipagem. A acurácia foi avaliada com o uso dos programas ITK-Snap 3.6, Geomagic Qualify® 2013 e MeshValmet® 3.0. Foram feitas avaliações para a diferença entre o planejamento virtual e o obtido na cirurgia real em relação à superfície dos segmentos, com avaliação utilizando o valor de Root Mean Square (RMS) do deslocamento de cada fragmento, e em relação aos deslocamentos translacionais das regiões anatômicas de interesse, medidos através do cálculo do deslocamento tridimensional dos centroides das estruturas avaliadas. Os dados das distâncias entre superfícies, considerando o RMS, foram realizados pelo teste de Wilcoxon para uma amostra. Os dados da diferença de posicionamento entre os centroides foram calculados pelo teste t, pareado e complementados pelo método de Altman-Bland e por gráficos de Concordância-sobrevivência. Os resultados mostraram que houve diferença estatisticamente significativa em relação à avaliação da distância entre as superfícies para o posicionamento da mandíbula (p=0,013) e do mento (p=0,013) e em relação ao posicionamento dos centroides na direção transversal do ramo direito (p=0,034), quando considerado o sentido do deslocamento, e na direção vertical dos ramos direito (p=0,005) e esquerdo (p=0,025), quando não considerado o sentido do deslocamento. Em relação à medida de relevância clínica aceitável, comumente considerada de 2mm, observou-se acurácia para os segmentos da maxila, proximais (ramos) e distais (corpo) da mandíbula, mas não observou-se para o segmento do mento. Concluiu-se que o planejamento cirúrgico virtual, realizado pelo módulo cirúrgico do Dolphin Imaging®, apresenta boa acurácia para determinar o posicionamento dos segmentos da maxila, ramos e corpo mandibular, mas não pode ser considerado como tendo adequada acurácia para o posicionamento do mento sem uso de posicionador específico. |