O meu aluno não lê : sentidos de crise nas políticas curriculares para a formação em leitura
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10428 |
Resumo: | Este estudo tematiza as políticas curriculares associadas à leitura. Como objeto de tese, defendo que a crise de leitura condensa o sentido antagônico a ser combatido pelas políticas de formação de leitores, tornando-se o nome de uma cadeia de significação que produz subjetividades no tocante às políticas de leitura. Esta pesquisa foi desenvolvida tendo como superfícies de inscrição, as teses que focalizavam leitura e Educação Básica, constantes na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e as produções discursivas no âmbito do Congresso de Leitura do Brasil (COLE), espaço discursivo que considero uma arena de disputa potencialmente democrática. Para o processo interpretativo, efetuo uma contextualização do COLE, focalizando as edições 12ª (1999) e 16ª (2007). Tal recorte se deve à compreensão de que em tais momentos, é mais evidente a contingência dos processos articulatórios em torno da leitura. Como estratégia teórico-estratégica, oriento-me pela compreensão de política de currículo de Lopes e Macedo, pela Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe, pela perspectiva discursiva de política desenvolvida por Lopes, conectando sentidos da perspectiva pós-colonial de Bhabha. Parto da hipótese de que algumas comunidades que enunciam sobre a leitura, mesmo demandando por democracia da leitura, projetam políticas de leitura reguladoras e prescritivas, uma vez que operam mediante identidades essencializadas. Enquanto resultados, identifico essencializações e estereótipos ao leitor, crivados pela perspectiva desenvolvimentista, cognitiva e/ou sociológica; a partir de um contexto de hibridização. Outrossim, destaco que as políticas de leitura acenam para um caráter fantasmático em que a crise de leitura ora ameaça ora mobiliza a política de formação de estudantes leitores. Realço, ainda, a partir de um levantamento das condensações que sustentam o discurso que significa a leitura, as metáforas e metonímias do jogo de linguagem em questão. Destarte, opto por desestabilizar a retórica colonial que fundamenta os sentidos da leitura, como simplificação da aprendizagem, uma vez que tal retórica centraliza e condensa a leitura como domínio de um determinado repertório literário. Em uma inscrição discursiva que aposta na democracia radical, a partir da teoria do discurso e da perspectiva discursiva, defendo ser a negociação um elemento potente para a luta por práticas discursivas mais democráticas para a formação de leitores |