O liberalismo entre o espírito e a espada: a UDN e a República de 1946
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciência Política |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12437 |
Resumo: | A União Democrática Nacional (UDN) tem um inegável protagonismo ao longo da República de 1946, influindo de forma determinante na construção e nos rumos daquela experiência política. Mesmo composto por um heterogêneo elenco, o partido sempre reivindicou o liberalismo como ideário central, que justificaria sua constituição e inspiraria a trajetória udenista. Boa parte da bibliografia sobre o período retrata, entretanto, o ideário liberal udenista como simples adorno, que encobriria ideologias outras e não ajudaria à compreensão das decisões da UDN. A presente tese segue caminho diverso e argumenta que o liberalismo udenista constitui uma chave privilegiada para entender os rumos do partido e o cenário político da República de 1946. O ideário liberal não é compreendido, entretanto, como um conjunto de premissas lógica e sistematicamente ordenadas, mas como um saber prático, que organiza as ações dos atores no mundo político e é por elas conformado. Trata-se afinal de um modo de olhar e agir no mundo, que flutua em suas posições ao longo das conjunturas, mas revela permanências de estilo. A UDN não comportava, entretanto, apenas uma vertente liberal, mas abrigava distintos liberalismos, cujas diferenças são relevantes para compreender os rumos do partido. A tese está organizada em quatro capítulos. Os dois primeiros buscam construir o perfil dos principais estilos liberais da UDN, sendo um dedicado aos bacharéis, que se dividem entre um liberalismo conservador e um liberalismo modernizante, e outro ao lacerdismo. Os últimos dois capítulos tratam de questões e conjunturas onde esses liberalismos formularam reflexões sobre o país e se converteram em relevante práxis política, construindo visões de mundo fundamentais, em suas semelhanças e dissonâncias, para os rumos da história nacional. Desse modo, o terceiro capítulo aborda a conduta do liberalismo udenista frente questão do monopólio estatal do petróleo, enquanto que o quarto analisa a ascensão e queda do curto governo de Jânio Quadros e os momentos que antecederam o golpe de 1964. Há, por fim, uma conclusão, que trata de algumas permanências do imaginário de 1946. |