A relação público privado no Brasil e suas expressões na política de assistência social: o cheque cidadão em xeque

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Oliveira, Cristina Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16071
Resumo: Inserida no contexto dos estudos sociológicos acerca das esferas pública e privada na composição das relações sociais, esta dissertação analisa a imbricação entre estas esferas na construção histórica das relações sociais brasileiras e na composição da cultura política que as rege, objetivando identificar seus impactos e expressões atuais nas políticas sociais, com enfoque na política de assistência social. Com fundamentação em referencial teórico-metodológico marxista, foram utilizadas categorias gramscianas para estudo e conceituação daquelas esferas. Como campo empírico de pesquisa no âmbito da política de assistência social foi eleito o programa Cheque Cidadão implementado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro desde o no ano de 1999, adotando-se como conjunto instrumental entrevistas, análise documental, e observação em campo. As análises de dados e as considerações finais apontam que a recorrente execução de políticas públicas de assistência através de entidades religiosas, ainda que num Estado considerado laico, permite a criação de relações fundadas a partir de identidades privadas entre os indivíduos sociais e seus governantes, viabilizando privilégios não necessariamente formais, mas sobretudo reais no acesso a políticas sociais de natureza pública, constitutivas de direito, deturpando-as e adubando assim nosso vasto solo de cultura política patriarcal, personalista, de supressão do público pelo privado e mercantil, onde se fundaram nossas raízes.