A telessaúde como ferramenta de educação permanente dos profissionais de saúde offshore
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Telessaúde e Saúde Digital |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19057 |
Resumo: | De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), Telemedicina e Telessaúde referem-se ao uso de tecnologias de informação e comunicação na oferta de serviços relacionados à saúde, nos casos em que distância, dificuldade de acesso e tempo são fatores críticos, favorecendo a educação permanente (EP) dos profissionais de saúde, que precisam estar constantemente atualizados. Considerando o Brasil, com dimensão continental e distribuição territorial desigual de profissionais e serviços, torna-se crucial a capacitação dos profissionais em áreas mais remotas. A modalidade de Educação a Distância (EAD) é uma importante ferramenta na EP por ter baixo custo, maior comodidade, permitir gerenciamento do tempo e compartilhamento de experiências. Observando o segmento offshore, de alta periculosidade, área remota e população expressiva, onde há um único profissional de saúde atendendo os trabalhadores, é mister a capacitação deste para uma prática segura. Este profissional trabalha com a possibilidade iminente de desastre, devendo estar preparado para atender múltiplas vítimas. Apesar da complexidade e diversidade das atividades do profissional de saúde offshore, não existe na academia brasileira nenhuma escola voltada para esta formação. De igual modo, há pouca literatura sobre o assunto. Diante desta lacuna de conhecimento sobre o profissional de saúde offshore e da dicotomia que é a necessidade de capacitação e a ausência de formação acadêmica específica, este estudo analisou o perfil, formação e necessidades de treinamento deste profissional, o que permitiu a criação de um curso piloto no formato EAD. Trata-se de um estudo quanti-qualitativo que teve sua primeira coleta de informações composta por profissionais de saúde embarcados, de nível superior, de empresas do segmento privado no Brasil. Na primeira fase foram entrevistados 67 profissionais, destes 72% eram enfermeiros (n=48) e 28 % médicos (n=19). Dos entrevistados, 75% relataram dificuldades no primeiro embarque, 98,5% acreditam haver a necessidade de treinamento para o profissional de saúde offshore e 94% informaram que fariam um curso EAD. Na segunda fase do estudo, foi estruturado um curso piloto no formato de videoaulas, onde foram avaliados o aprendizado, através da realização de pré e pós-testes, e o curso através de instrumento autopreenchível. Constatou-se que os alunos tiveram melhora significativa das notas quando comparado o pré-teste com o pós-teste, mostrando a eficácia da proposta do curso quanto ao aprendizado adquirido pelos participantes. Os alunos mostraram-se satisfeitos com o tema, o conteúdo, o domínio do assunto pelos professores e a organização do curso. Além disso, eles consideraram que o curso contemplou as vivências diárias e que trouxe contribuição para o trabalho em sua região, mostrando haver benefícios da telessaúde. Desta forma, o presente estudo identificou o perfil do profissional de saúde offshore no Brasil, as necessidades de treinamento e mostrou ser possível, através da telessaúde, mitigar a dicotomia que é a carência de cursos específicos para formação do profissional de saúde offshore e a urgência da capacitação deste. |