Petrogênese do complexo alcalino Tanguá (RJ): novo mapa litofaciológico e estudos geocronológicos e isotópicos
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23491 |
Resumo: | O Complexo Alcalino de Tanguá está localizado no estado do Rio de Janeiro, e encontra-se no contexto do Alinhamento Poços de Caldas – Cabo Frio (APCCF), intrudindo rochas da Faixa Ribeira. O novo mapa litofaciológico proposto para o Complexo sugere que a porção interna é formada por nefelina sienitos, divididos em central, com maior teor de analcima, e intermediário, com maior conteúdo de albita. A porção mais externa é constituída por sienitos indivisíveis, sem nefelina, e brechas magmáticas nas bordas sul e leste. Adicionalmente, fonolito e traquito ocorrem como diques que cortam as outras rochas. As rochas do maciço são classificadas como metaluminosas, e em menor proporção, como peraluminosas. De acordo com o diagrama TAS as rochas são classificadas como sienitos e fonolitos, em sua maioria, e pelo diagrama R1-R2 como fonolito, traqui-fonolito, traquito e quartzo-traquito. Os dados isotópicos de Sr-Nd mostram que os sienitos plotam entre Depleted Mantle Source (DMM) e Enriched Mantle 1 (EM1) e o fonolito entre DMM e Enriched Mantle 2 (EM2). Estes trends são típicos do Alinhamento e podem indicar uma mistura de fontes para estas rochas. Os parâmetros εNd negativos (entre - 3.17 e - 2.31) e εHf, que variam entre valores positivos e negativos (de – 17.78 e + 11.49), reforçam a participação destas fontes. A variação observada para as idades modelo NdTDM (670 - 860 Ma) é semelhante a outros complexos do APCCF e tem idade próxima aos eventos colisionais do Brasiliano. Adicionalmente, as idades modelo HfTDM apresentam uma variação maior (280 - 1570 Ma), sugerindo uma possível associação com eventos geológicos anteriores à formação da Faixa Ribeira. Os resultados de εNd e εHf, juntamente aos dados geoquímicos (Zr/TiO2 versus SSI, e SiO2 e ETR versus εNd), sugerem um importante processo de contaminação crustal durante a formação do maciço. Este processo é evidenciado pela disposição das rochas no Complexo: nefelina sienitos no centro, associados à composição original do magma, e sienitos nas bordas, gerados pela contaminação deste pelas rochas da crosta. Além disso, o comportamento distinto dos parâmetros isotópicos (Nd e Hf) indica a presença de magmas metassomatizados e sedimentos associados a slabs oceânicos subduzidos durante a formação do maciço, o que é reforçado por diferentes parâmetros geoquímicos, como Th/Yb versus Ba/La e U/Th versus Th. Os estudos geocronológicos por U-Pb sugerem dois pulsos principais durante a formação do complexo, um Cenomaniano (ca. 95 Ma) e um Daniano-Maastrichtiano (ca. 60-70 Ma). Este último é sustentado por um volume maior de dados, em consonância com os estudos prévios, indicando um período principal de emplacement. Além disso, a idade de 94,8 Ma mostra que o modelo de pluma convencional pode não ser o mais indicado para a gênese do APCCF, por se tratar de um maciço mais velho mais a leste. De forma complementar, os diques e maciços, seguindo trends regionais, corroboram a importância das estruturas pré-existentes no processo de formação do Alinhamento. |