Aferição da força muscular do sorriso gengival: uma nova abordagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Antunes, Karinne Bueno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23116
Resumo: A exposição gengival excessiva é considerada a segunda alteração de maior impacto estético oral, refletindo na autoestima. O sorriso gengival, considerando uma exposição gengival a partir de 3 mm, pode ter etiologia dentária, esquelética e muscular, sendo a hiperatividade de lábio a mais prevalente.Atualmente, a avaliação da força (F) muscular dos lábios é feita de forma empírica, dificultando a precisão de algumas formas terapêuticas. O objetivo deste estudo foi avaliar a F muscular relacionada ao ato de sorrir, através do desenvolvimento de um equipamento que viabilizasse a constatação da F exercida pelos diferentes músculos que movimentam o lábio superior durante o sorriso, e estabelecer uma correlação entre o translado de lábio e F individual/total exercida. A amostra consistiu em 89 indivíduos, idade média de 28 ± 8,4 (DP), sendo 80,9% do sexo feminino e 19,1% do sexo masculino, divididos em 4 grupos (G): G1 - Hiperatividade de lábio superior (9 %); G2 - Outras causas (dentária, esquelética ou juntas) (19,1%); G3 - Controle (33,7%); G4 - Hiperatividade combinada com uma ou mais etiologias (38,2%). Foi desenvolvido um equipamento para mensuração da F de cada músculo do lábio durante o sorriso, comparadas dentro dos diversos G, através da filmagem dos movimentos das molas do equipamento analisadas pelo software Tracker®. A análise estatística foi executada pelo software SPSS 21.0 e foram submetidos ao Teste ANOVA e em seguida o teste post hoc de Tukey e o teste qui-quadrado. Os resultados demonstraram que a hiperatividade do lábio foi a etiologia mais prevalente isolada ou combinada (68,2%) da amostra e esse grupo apresentou uma força 30 % superior aos demais. O G4 (0,15 N ±0,03) apresentou F significativamente maior nos 6 músculos avaliados, comparado com o G2 (0,11 N ±0,03) e G3 (0,01 N ± 0,02) (p<0,001). O músculo zigomático maior lados direito e esquerdo do G1 foi significativamente mais forte do que o G2 e G3.Observou-se diferença estatística entre a F do músculo zigomático maior (0,025 N ± 0,007) e os demais músculos (0,0021 N ± 0,006 e 0,019 N± 0,006, zigomático menor e levantador do lábio respectivamente) , sendo o mais forte em toda a amostra (p<0,001).O translado do lábio em mm foi avaliado em sua F média e os diferentes deslocamentos a partir de 6 mm, observando-se uma diferença estatisticamente significante(p<0,001) entre 6 mm e 7 mm, 7 mm e 8 mm, 9 mm e 10 mm, e 9 mm e 11 mm. As forças maiores de DL foram observadas a partir de 8 mm (0,12± 0,02). Entre 8/9 mm, 10/11 mm, e 11/12 mm não foi observada diferença significativa. Concluiu-se que a hiperatividade de lábio sozinha ou combinada a outras etiologias foi a causa mais prevalente de sorriso gengival. Os indivíduos com hiperatividade de lábio apresentaram maior F muscular comparados a outras etiologias ou indivíduos sem sorriso gengival e que, a partir de 8 mm de deslocamento de lábio, constata-se uma F muscular aumentada e significativa.