Das vezes que fui à Lama: reflexões sobre comunicação e territorialidade na Baixada Fluminense
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19994 |
Resumo: | A Baixada Fluminense abriga 1/3 dos moradores do Estado do Rio de Janeiro, mas é conhecida como uma região periférica, cidade-dormitório. Por muito tempo, a região carregou o estigma de ser um território violento e carente. E, embora a partir doa anos 90, sua imagem tenha sido remodelada para ganhar o status de consumidora, não foi possível desconstruir as marcas deste estigma. Mas a Baixada é muito mais, é local de celebração, de festa, de encontros e desencontros cotidianos que ajudam a construir o território. Por isso, esta tese se dedica a discutir a construção identitária do território, através do imaginário criado pela mídia, pela história e pelas práticas cotidianas de grupos e atores que dele fazem uso. O lócus de análise foi a Rua da Lama, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense! Alguns afirmam ser a Lapa da Baixada, outros afirmam estar muito aquém de uma Lapa. A Rua da Lama não é um território reconhecido oficialmente, não há uma Rua da Lama nos registros da Prefeitura. Este é o apelido de um trecho da Rua Luís Sobral, que compõe uma região cheia de bares e casas noturnas bem no coração de Nova Iguaçu, no lugar onde a Baixada nasceu. Não há um consenso sobre a origem do nome, mas todas as indicações levam a perceber a polissemia que envolve a construção de um território. Lugar da perdição, da violência, do povão, da diversão! A Lama é tudo, sujeira e remédio! À Baixada violenta e carente, acrescenta-se a Baixada que também é mistura de gostos, costumes, cores e sons. A pesquisa foi realizada misturando técnicas etnográficas de observação e entrevistas com os diversos atores do local, e a cartografia sensível, através da deambulação do pesquisador no local. |