Investigação geológica e geofísica integrada na parte emersa da Bacia de Campos, entre Macaé e a Lagoa Feia.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7020 |
Resumo: | Nesta tese foi investigada a geometria de um sistema de falhas de transferência e de uma falha de empurrão no embasamento onshore da Bacia de Campos entre Macaé e a Lagoa Feia, no Estado do Rio de Janeiro. As estruturas estão associadas ao Sistema de Riftes do Sudeste, que inclui grabens onshore de direção NE-SW e falhas de transferência na direção NW-SE reativadas no Cretáceo inferior e no Cenozoico. Neste estudo foram feitas 162 estações gravimétricas e DGPS, 47 estações magnetotelúricas (MT) e utilizou-se dados aeromagnéticos do Projeto Aerogeofísico São Paulo-Rio de Janeiro (CPRM) e 544 estações gravimétricas de levantamentos do Observatório Nacional. Aos dados dos métodos potenciais foram aplicados filtros e gerados mapas com lineamentos magnéticos e gravimétricos que foram correlacionados a informações de subsuperfície do método MT e com a geologia de superfície. A modelagem 2D (magnetométrica e gravimétrica) direta foi realizada tendo como base os modelos obtidos da inversão 2D dos dados magnetotelúricos (MT). O embasamento pré-cambriano na área de tese é representado pelo Complexo Região dos Lagos (Terreno Cabo Frio) e pelo Grupo São Fidélis (Terreno Oriental). De acordo com as modelagens 2D realizadas, as propriedades físicas das rochas (densidade, susceptibilidade magnética e resistividade elétrica) de uma mesma unidade litológica variam lateralmente e em profundidade até 3 km, o que indica que as rochas foram afetadas por alterações intempéricas e hidrotermais profundas. A modelagem 2D através do GM-SYS e 3D do Voxi caracterizou a Falha de Empurrão como uma sutura entre o Terreno Oriental e o Terreno Cabo Frio. A assinatura geofísica observada nas seções e modelagens mostra que existe uma camada condutiva bordejando todo o Complexo Região dos Lagos. O sistema de falhas de transferência é caracterizado por falhas direcionais de direção NW-SE associadas a falhas de direção NE-SW e E-W, com componente normal. As falhas direcionais NW-SE foram denominadas falhas de Macaé (conjunto de 3 falhas) Carapebus, Quissamã e Lagoa Feia (conjunto de 3 falhas) e classificadas como falhas transversais ou de transferência. Essas falhas atravessam toda a crosta superior até a crosta inferior e estariam associadas a condutores verticais observados no MT. O prolongamento destas falhas no domínio offshore da Bacia de Campos corresponde às bordas de um horst e à presença de campos produtivos de petróleo na bacia marginal. |