De médicos a meninos: vitalidade gemelar na escultura doméstica popular dos santos Cosme e Damião no Brasil
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Artes |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7398 |
Resumo: | Tendo como ponto de partida as esculturas pertencentes à coleção Ludmilla Pomerantzeff Breda, a presente tese investiga a transformação da escultura devocional doméstica brasileira de São Cosme e São Damião, assim como busca compreender os fatores culturais e simbólicos que possibilitaram tal reestruturação. Com representações do século XVIII, XIX e XX, as imagens da referida coleção evidenciam que se processou ao longo dos séculos uma severa transformação iconográfica dos santos gêmeos, modificação essa que andou atrelada com novas atribuições cosmológicas que foram agregadas aos anárgiros. Afirmo que a alteração sofrida pela iconografia dos santos gêmeos se dá pelo encontro entre o conteúdo artístico e cosmológico ocidental, com o conteúdo artístico e cosmológico de distintos grupos étnicos negros transladados para o Brasil. Graças ao amálgama entre Cosme e Damião e as divindades gêmeas ligadas à infância popularizada entre os grupos étnicos negros, os santos cristãos perdem os símbolos da medicina e se tornam os patronos da infância. Infância essa que pode ser vislumbrada tanto em sua morfologia, como no domínio cosmológico dos santos meninos no Brasil. |