Possíveis genealogias para três tipos de artista: xamânico-messiânico, artesão-trabalhador e paciente-arteterapêutico
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em História da Arte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18212 |
Resumo: | Neste trabalho, é apresentada uma tipologia que associa a produção de artistas a suas personalidades. Foi traçada uma possível genealogia para os três tipos de artistas propostos, analisando produções do passado da História da Arte com o estudo da vida, obra e discurso (quando disponível) dos artistas. Para tanto, foi feita uma contextualização histórica do papel social do artista ao longo do tempo, examinando as motivações para se fazer arte. Foram analisados artistas do presente e do passado. Em relação a eles, procurou-se contextualizar suas produções. A tipologia é constituída pelas seguintes categorias: 1) o artista xamânico-messiânico é aquele que tem algo muito importante para dizer ao mundo, uma mensagem que ele precisa transmitir por meio de sua arte. Para tal, ele utiliza formas que se assemelham a rituais religiosos ou a discursos de revelação de uma “verdade” espiritual, filosófica ou cósmica. Esse tipo de artista costuma ser muito guiado por sua intuição. Hipótese de origem: os primeiros produtores de imagens em cavernas; 2) o artista artesão-trabalhador é aquele que geralmente costuma encarar sua atividade como um ofício semelhante a outro qualquer das atividades humanas. A fatura de sua obra frequentemente está mais ligada às questões dos materiais e a um trabalho manual, mas não necessariamente. Sua produção guarda relação com a do artesão. Talvez se possa dizer que esta categoria tem relação com os artífices das corporações de ofício, das guildas, onde eram determinadas as regras para o ingresso na profissão; 3) o artista paciente-arteterapêutico é aquele que se utiliza da arte para expressar e, em certo grau, lidar com suas questões emocionais e existenciais. Destaca-se que esse tipo de artista não é – ou foi –, necessariamente, usuário do sistema de saúde mental. Tampouco, forçosamente, iniciou sua formação em terapias que usassem a arte como apoio. As possibilidades levantadas inicialmente eram de que essa categoria tivesse se iniciado na chamada arte contemporânea, ou que estivesse ligada ao artista romântico, no sentido daquele que constrói a si mesmo, elabora para si próprio um personagem (possibilidade que se demonstrou bastante plausível). |