Avaliação do potencial de resiliência das organizações de catadores de materiais recicláveis: elaboração e aplicação de indicadores à luz da engenharia de resiliência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rocha, Dulciléia de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23585
Resumo: Cooperativas de catadores de materiais recicláveis são organizações autogestionárias, que contemplam pessoas, processos e diversos fatores que permeiam essa relação. Os catadores de materiais recicláveis estão diariamente expostos às condições de insalubridade e riscos inerentes ao ambiente laboral e à própria atividade em si. Nesse contexto, eventos adversos e indesejados são passíveis de ocorrer, tais como os acidentes de trabalho, que podem comprometer tanto a saúde e a segurança do trabalhador, quanto à funcionalidade e desempenho da organização. Enquanto um sistema complexo e dinâmico, onde ocorrem inúmeras interações entre seus elementos, a capacidade de absorver, suportar e se recuperar das pressões, distúrbios e ameaças deve ser trabalhada, no sentido de se tornar resiliente. Indicadores que avaliem o potencial de resiliência pode ser uma ferramenta estratégica para melhoria da resiliência, pois ao serem aplicados indicam um perfil do potencial de resiliência, permitindo desdobramentos analíticos acerca das habilidades de resiliência do sistema implantado, com vistas a melhorá-las. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o potencial de resiliência das organizações de catadores de materiais recicláveis. Para tanto, utilizou-se como abordagem principal a Engenharia de Resiliência e pressupostos de Hollnagel (2011). Foram elaborados 21 indicadores para aferir o potencial de resiliência das organizações e 30 indicadores para aferir o potencial de resiliência dos indivíduos. A aplicação ocorreu por meio do instrumento Grade de Análise de Resiliência – RAG. Os resultados mostraram ser possível aferir o potencial de resiliência, o resultado obtido é temporal e pode estar associado às circunstâncias apresentadas no momento do estudo. Com relação aos cooperados, que representam a dimensão do indivíduo, no estudo, 82% eram mulheres e majoritariamente solteiras, tendo em média 43 anos, com prevalência de idade na faixa de 35 a 50 anos. E, do quantitativo de cooperados, que são os gestores, representativos das organizações, 75% são do gênero feminino. A faixa etária é de 40 a 70 anos e tempo de atuação superior a 15 anos. De acordo com o Potencial de Resiliência, a cooperativa B está num grau “alto”, as cooperativas A e C estão num grau “médio” e a cooperativa D, num grau “baixíssimo”. Em relação às habilidades de resiliência, em todas as cooperativas, destaca-se a habilidade de “Responder” (76%), Monitorar (71%), “Aprender” (42%) e “Antecipar” (61%).