Avaliação da abordagem neuroendoscópica no tratamento da hidrocefalia monoventricular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gobbi, Gabriel Neffa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8826
Resumo: A dilatação isolada de um dos ventrículos laterais, quando não relacionada ao fenômeno ex-vácuo decorrente de atrofia hemisférica é causada por obstrução unilateral do foramen de Monro (FM). O aumento de pressão, causado pelo acúmulo unilateral do líquor, provoca o desvio das estruturas cerebrais e o aumento progressivo da pressão intracraniana. Esta condição é denominada na literatura como hidrocefalia monoventricular (HM) ou hidrocefalia unilateral e é imperativo o tratamento cirúrgico. Nos últimos 20 anos, a endoscopia é o tratamento de escolha para esta condição. A aplicação terminológica deste tipo de hidrocefalia não é uniforme na literatura e a melhor técnica endoscópica ainda permanece indefinida principalmente pelo número limitado de casos publicados. Discutir as terminologias utilizadas na literatura para as hidrocefalias restritas a um ventrículo lateral, determinar as técnicas endoscópicas utilizadas para o tratamento dos casos estudados comparando os resultados com os apresentadas na literatura e apresentar um fluxograma de tratamento endoscópico da HM com base nos dados obtidos nessa série de casos. Com o objetivo de avaliar o melhor termo para a dilatação unilateral ventricular pela obstrução do FM, foram pesquisados 19 termos da língua inglesa no banco de dados da PubMed (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed). Para o estudo de casos, foi realizado um estudo retrospectivo dos pacientes com hidrocefalia operados no HUPE no período de 1995-2014 pelo método endoscópico. Foram selecionados pacientes com diagnóstico de HM e excluídos casos secundários a tumores. Na revisão terminológica, a partir de 194 artigos obtidos, foram excluídos todos os termos que não descreviam a hidrocefalia do ventrículo lateral ou que descreviam o ventrículo cardíaco. Dos 19 termos apenas 7 prosseguiram para discussão. Na revisão dos casos,foram encontrados 8 pacientes com diferentes causas de HM: atresia do FM, neurocisticercose, cisto aracnóide, obstrução do FM por membrana e estenose do FM. Os procedimentos realizados foram: septostomia, foraminoplastia, abertura de membranas, retirada de lesões, coagulação do plexo coróide e abertura da fissura coroidéia. Em todos os casos o endoscópio foi inserido por craniostomia pré-coronal, no lado do ventrículo hidrocefálico. Todos os paciente ficaram sem hidrocefalia e sem derivação ventricular. Esta revisão terminológica sugere que a hidrocefalia confinada a um ventrículo lateral, sem outros sítios de obstrução é melhor descrita pelos termos hidrocefalia unilateral ou HM, sendo a primeira a mais popular. Entretando, o uso inadequado dos termos não é raro na literatura e pode distorcer a avaliação dos resultados. As técnicas endoscópicas empregadas em nossos casos, com excessão da abertura da fissura coroidéia, foram descritas na literatura, também com alta taxa de sucesso. A entrada pelo ventrículo lateral dilatado não é um consenso na literatura, mas possibilita realizar todos os procedimentos endoscópicos necessários para restauração do fluxo liquórico e permite a inspeção direta do FM, fundamental para esclarecimento etiológico.As técnicas endoscópicas empregadas variaram de acordo com a etiologia da HM e podem ser empregadas em conjunto sem aumento da morbidade. Estas técnicas foram dispostas em um fluxograma criado apartir da série de casos.