“Civilizar pelas letras”: o projeto educacional do alagoano Thomaz do Bomfim Espindola para o Império brasileiro (1853-1885)
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16546 |
Resumo: | Este trabalho apresenta um estudo sobre o projeto educacional do médico Thomaz do Bomfim Espindola (1832-1889) no Brasil Imperial. Esse intelectual, dentre os que se interessaram pelas questões educacionais, atuou intensamente na institucionalização da escola a partir do discurso de uma sociedade civilizada e moderna. Na condição de político e integrante do Partido Liberal de Alagoas, ocupou os cargos de deputado provincial entre os anos de 1868 e 1884, de deputado geral nas legislaturas de 1878 a 1881 e de 1881 a 1884, e como presidente interino da mesma província, nos mandatos de 1867 e 1878. Contribuiu na educação como Diretor Geral de Estudos e professor no Liceu alagoano e no Liceu de Artes e Ofícios, ao ministrar as disciplinas de Geografia, Cronologia, História e Higiene. Participou da elaboração dos pareceres da Reforma do Ensino Secundário e Superior (1882) e da Reforma do ensino primário e várias instituições complementares da instrução pública (1883), juntamente com Rui Barbosa e Ulysses Vianna. Nesta pesquisa, privilegiamos as produções deste autor referentes à Educação, o periódico O Academico de 1853; a tese de doutoramento Dissertação inaugural acerca da influencia progressiva da civilisação sobre o homem de 1853; os relatórios da Instrucção Publica e Particular da provincia das Alagoas de 1866 a 1868; os relatórios da presidência da província de 1867 e 1878; as obras Geographia Alagoana ou Descricção Physica, Política e Histórica da Provincia das Alagoas de 1871 e Elementos de Geographia e Cosmographia offerecidos a Mocidade Alagoana de 1885; os anais das sessões da câmara dos deputados gerais dos anos 1878 a 1882; os pareceres da reforma do ensino primário, secundário e superior de 1882 e 1883 e diversas notícias de jornais. A análise desse conjunto documental auxiliou na compreensão das proposições de Espindola que circulavam nas instituições escolares alagoanas na segunda metade do período imperial. Do ponto de vista teórico-metodológico, este trabalho dialogou com estudos alinhados ao momento de renovação da historiografia geral, Bloch (2001), Le Goff (2013), Chartier (2002), por exemplo, e da história da educação no Império brasileiro, Gondra; Schueler (2008), Faria Filho (2000), dentre outros. Assim, esta pesquisa contribui para analisar o processo da constituição da escolarização brasileira, articulado com determinadas concepções de civilização assumidas e defendidas por Thomaz do Bomfim Espindola na segunda metade do século XIX. |