A construção dos novos yogins sem órgãos: teoria e práxis filosófica
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23228 |
Resumo: | O objetivo central deste trabalho é pensar a produção, teórica e prática, de um Yogin sem Órgãos, tomando por base a ideia do “Corpo sem Órgãos”, de Antonin Artaud, que foi formalizada enquanto conceito filosófico por Gilles Deleuze e Félix Guattari. A ideia é aproximar este conjunto de práticas e experimentações, que visam produzir um corpo mais forte e alegre para a vida, da prática milenar da Yoga – que, segundo defendemos, pode ser uma grande aliada na retomada dos processos criativos que foram bloqueados em nós desde a mais tenra infância para que nossos corpos servissem docilmente aos poderes estabelecidos. Reconhecer que também a prática da Yoga – representada pela tradição hegemônica dos Sutras de Patanjali – foi capturada pelas máquinas abstratas do poder é o primeiro passo para compreendermos a importância de “desorganizar” ou, melhor dizendo, desconstruir o corpo do yogin. Desconstruir o corpo apenas para reconstruí-lo em novas bases, sobretudo, para vencermos este sentimento de falta que nos amarra em uma dívida infinita e angustiante. A intenção então é pensar a construção, como já dissemos, de um corpo mais potente e também mais livre para a própria vida, fazendo deste novo yogin uma “máquina de guerra” em prol da liberdade e da singularidade. Trata-se, portanto, da produção de um corpo pensante ou de um pensamento que também seja corpo, seja vida. Isto envolve, antes de tudo, libertar o corpo dos modelos universais e abstratos que nos foram inculcados. Enfim, criar um yogin sem órgãos é criar não apenas uma nova forma de yogar, mas é fazer do yogar uma prática libertária, que sirva à vida e à criação ou, antes, que seja com a vida uma só e mesma coisa. Resumindo: um yogar libertário para uma vida libertária, isto é, uma vida mais autêntica, mais livre, mais alegre. |