As determinações da era da técnica e seus reflexos nos modos de vida contemporânea: sofrimento, compulsão e tédio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Goulart, Samira Meletti da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16914
Resumo: A presente dissertação teve como objetivo investigar e compreender os diferentes modos de vida do homem contemporâneo e suas formas de sofrimento, refletindo acerca de como esse sofrimento pode estar articulado à existência. Para esse fim, foi realizada uma Revisão Narrativa da Literatura, encontrando na filosofia fenomenológico-hermenêutica de Heidegger elementos que propiciaram uma apreensão mais originária do horizonte histórico contemporâneo e da relação inseparável homem-mundo. A investigação tratou de compreender junto ao pensamento do filósofo as noções de Dasein, mundo, impessoalidade, bem como as determinações desta era da técnica, que tem o tédio como tonalidade afetiva epocal. O estudo estabeleceu ainda um diálogo com autores como Bauman, Foucault e Han para pensar a concreção desses modos de ser e sofrer no cotidiano atual. Assim foi possível revelar os sentidos de produção, controle e operacionalização, que na desmedida ditam a cadência em nosso horizonte histórico; bem como a atmosfera que afina um modo de ser ocupado, que segue em um ritmo acelerado e compulsivo de afazeres excessivos. Observou-se que tais sentidos e afetação dão condição de possibilidade para modos de ser mais individualizados e automatizados, que irrefletidamente se determinam junto às ocupações e distrações cotidianas, positivando a existência. Nesse contexto, foi possível ainda articular as experiências de sofrimento junto às questões históricas, sociais e culturais desta época, revelando-as em meio ao seu campo de aparição, e compreender o sofrimento como fenômeno histórico; além de apontar para como se caracteriza o horizonte contemporâneo, ou seja, esta era da técnica.