Debates sobre o Estado capitalista: um olhar epistemológico sobre as teorias de Ralph Miliband e Nicos Poulantzas
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Direito |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16973 |
Resumo: | A presente dissertação analisa as teorias sobre o Estado capitalista de Ralph Miliband e Nicos Poulantzas. A partir de um ponto de vista que enfatiza os diferentes pressupostos epistemológicos e ontológicos adotados por esses dois autores marxistas, buscamos desvelar de que forma tais pressupostos afetaram suas teorias substantivas sobre o Estado. Para isso, examinamos as obras O Estado na sociedade capitalista (ESC), de Miliband, e Poder político e classes sociais (PPCS), de Poulantzas, dois textos com abordagens bastante distintas. Nosso percurso se inicia com o exame da teoria desenvolvida por Poulantzas em PPCS, texto muito influenciado pelo programa epistemológico do filósofo franco-argelino Louis Althusser. Nessa parte do trabalho, fizemos uma breve exposição das teses althusserianas, especialmente as que são apresentadas nos textos Por Marx e Ler O Capital, esclarecendo o modo como Poulantzas adota tais teses epistemológicas em sua obra. Após isso, examinamos a teoria de Miliband presente em ESC, analisando as argumentações contidas nesse texto, para depois aprofundarmos no exame dos pressupostos epistemológicos e ontológicos adotados pelo autor, e suas principais consequências para as análises sociológicas substantivas apresentadas nesse texto. Por fim, comparamos as abordagens de Miliband e Poulantzas desenvolvidas nas duas obras mencionadas. Como nossa hipótese é a de que os desacordos, no campo da teoria sociológica substantiva, foram ocasionados pelas discrepâncias existentes no nível dos pressupostos, enfatizamos as diferenças de ordem epistemológica e ontológica existentes nos textos desses dois autores. |