Efeito da pressão positiva contínua nas vias aéreas sobre a função pulmonar no pós-operatório de cirurgia de ressecção pulmonar
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8821 |
Resumo: | As cirurgias de ressecção pulmonar se incluem no grupo das cirurgias que podem predispor o paciente a apresentar complicações pulmonares no pós-operatório. Complicações como o aumento na produção de secreções brônquicas, pneumonia e atelectasia, estão quase sempre associadas à diminuição da função pulmonar neste período. A ventilação por pressão positiva contínua nas vias aéreas vem sendo constantemente utilizada como terapêutica nesses pacientes tentando-se minimizar esses efeitos prejudiciais sobre a função pulmonar. O objetivo desse estudo é quantificar os efeitos da ventilação com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) sobre a função pulmonar no pós-operatório de ressecção pulmonar. Foram selecionados 30 (trinta) pacientes da disciplina de Cirurgia Torácica do Hospital Universitário Pedro Ernesto. A seleção dos pacientes para o grupo controle e experimental foi feita de forma randomizada. Os pacientes foram submetidos na fase pré-operatória a uma avaliação da função pulmonar (pico de fluxo expiratório, força muscular respiratória, teste de caminhada de 6 minutos/ TC6, gasometria arterial e espirometria). Após a realização do procedimento cirúrgico foram submetidos a um protocolo de intervenção, como se segue: grupo experimental: 15 (quinze) pacientes submetidos à ventilação não-invasiva, de forma intermitente, com um sistema CPAP (ACRIFLUX-CPAP®, Criticalmed, Industries Inc, Brasil), iniciado no primeiro dia de pós-operatório (nas primeiras 24 horas após a extubação), 2 vezes ao dia, por um período de 30 minutos; grupo controle: 15 (quinze) pacientes submetidos a um programa de fisioterapia respiratória, orientado e supervisionado, iniciado no primeiro dia de pós-operatório (nas primeiras 24 horas após a extubação), com uma freqüência de 2 vezes ao dia. A reavaliação na fase pós-operatória seguiu a mesma metodologia utilizada na fase pré-operatória. As reavaliações ocorreram em dois momentos: no primeiro dia de pós-operatório (PO-I) onde foram reavaliados o pico de fluxo expiratório, força muscular respiratória, gasometria arterial; prova de função pulmonar com 48 horas de pós-operatório. Ao sétimo dia de pós-operatório (PO-II) foram reavaliados novamente as variáveis do PO-I e o teste de caminhada de 6 minutos. Os resultados da espirometria, gasometria arterial, pico de fluxo espiratório e força muscular respiratória entre os grupos foi semelhante, sem diferença significativa, porém, a variável TC6 foi estatisticamente significante no grupo que realizou CPAP precoce, com p=0,0001. Não foi observado fuga aérea pelo dreno de tórax no grupo tratado com CPAP, demonstrando a segurança do método. Desta forma, ambas as terapias foram eficazes, porém a CPAP precoce foi mais eficaz, sugerindo que se possa aplicar de forma precoce no pós-operatório de ressecção pulmonar beneficamente. |