Repercussão da fadiga no desempenho motor e qualidade de vida em pacientes com Doença de Parkinson
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8677 |
Resumo: | A fadiga é um sintoma com significativa prevalência na doença de Parkinson que contribui para uma pior qualidade de vida, no entanto, existem poucas informações na literatura médica sobre o assunto. Este estudo objetiva identificar a fadiga como um sintoma não motor primário em portadores de doença de Parkinson, bem como observar a sua associação com qualidade de vida e comprometimento motor. Neste sentindo, foram selecionados pacientes entre 50 a 85 anos com doses estáveis da medicação antiparkinsoniana e excluídos aqueles demenciados, portadores de comorbidades clínicas ou usuários de medicações associadas à fadiga e com escala modificada de Hoehn & Yahr 4. Os participantes selecionados foram submetidos a um mesmo protocolo: avaliação de comorbidades e medicamentos em uso, realização de exames laboratoriais e rastreio de sintomas depressivos, apatia e sonolência diurna excessiva, excluindo aqueles que porventura pudessem portar alguma causa secundária de fadiga. Em seguida, foram rastreados quanto à presença (FADECOM) ou não (FADSEM) de fadiga e divididos em dois grupos de acordo com os resultados das avaliações. Realizaram-se comparações entre qualidade de vida, dose equivalente de levodopa, idade, tempo de doença e comprometimento motor da doença entre os grupos. Não foi observada correlação entre a presença de fadiga e idade (p<0,99 r=0,00), tempo de doença (p<0,16 r=0,20), UPDRS-III (p<0,16 r=0,20) e dose equivalente de levodopa (p<0,94). Entretanto, aqueles do grupo FADCOM apresentaram piores índices de qualidade de vida (PDQ-39 total) (p<0,00). Conclui-se que fadiga manifesta-se como fator independente, ou seja, primário, estando associada a uma pior qualidade de vida, não se observando, no entanto, relação entre a presença de fadiga, idade, gravidade dos sintomas motores e dose diária equivalente de levodopa. Assim, apesar do grande benefício dos fármacos dopaminérgicos para melhora dos sintomas motores da doença de Parkinson, possivelmente existem outros mecanismos independentes para desencadeamento de fadiga. |