Uma nova Geografia da Energia no Brasil: as fontes renováveis alternativas para a geração de energia elétrica e os incentivos governamentais para expansão do setor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Marquezino, Graziella Martinez Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13227
Resumo: A matriz elétrica nacional é predominante renovável, com caráter hidrotérmico, ou seja, a geração hidrelétrica é complementada majoritariamente por usinas térmicas, que são por sua vez, muito discutidas por usarem principalmente combustíveis fósseis na geração de eletricidade. Dessa forma, se torna necessária a ampliação do uso de outras fontes renováveis alternativas no setor elétrico nacional. No Brasil, a utilização dessas fontes tem crescido a cada ano, principalmente a energia eólica, no entanto, a participação dessas fontes ainda é pequena na matriz elétrica. Para compreender esse cenário, investigou-se os fatores que promovem os incentivos ao uso dessas fontes no país, assim como a atuação do poder regulatório do Estado através de ações políticas estabelecidas em âmbito governamental, principalmente com relação aos aspectos internos de regulação de políticas de fomento na geração dessas fontes para a diversificação e/ou complementação da matriz elétrica nacional. O objetivo central desta pesquisa foi analisar de que forma os incentivos governamentais tem atuado no setor das fontes de energias alternativas renováveis para a geração elétrica (FARE) no Brasil, seja através de políticas públicas para o setor elétrico e/ou através de investimentos públicos. Foram consideradas as principais FAREs participantes da matriz elétrica nacional, a saber: energia eólica, biomassa, pequena central hidrelétrica (PCH) e energia solar. Nesta pesquisa, privilegiou-se a análise regional da geração e distribuição de energia elétrica utilizando o conceito de Região Concentrada elaborado por Milton Santos em sua regionalização Os Quatro Brasis . Buscou-se também refletir sobre a configuração de uma nova geografia da energia por meio da expansão do uso das FAREs no Brasil. A fim de possibilitar o processo de operacionalização desta investigação, estabeleceu-se como abordagem para a pesquisa uma análise qualitativa de caráter descritivo-analítico. Para tal, foi realizada uma abrangente consulta bibliográfica e documental relacionada ao tema. Foi utilizado também como fonte de coleta de dados uma entrevista estruturada contendo 7 questões, em que foram ouvidos atores ligados diretamente na temática. Esse trabalho, procurou então contribuir para o conhecimento geográfico, abordando uma temática relevante para o desenvolvimento da sociedade atual. Quando se afirma que uma nova Geografia da Energia tem se configurado no Brasil, faz-se referência direta aos novos processos inseridos na produção das FAREs no país, ou seja, às novas territorialidades produzidas pelos empreendimentos energéticos, ao desenvolvimento local proporcionado pelo uso dessas fontes, aos fluxos migratórios produzidos por essas demandas, aos impactos ambientais produzidos através da produção dessas fontes, a atuação estatal para o seu foment e suas consequências na sociedade, enfim, pela conformação de uma nova espacialidade energética que ainda está se metamorfoseando.