Petrografia, litogeoquímica e geologia isotópica do granito pós-colisional Itaoca, Campos dos Goytacazes - RJ

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Potratz, Guilherme Loriato
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis
• Palavras-chave em Português: Post-collisional granite; Magmatic differentiation; Igneous facies; Geochemistry; Isotope geology; Granitos pós-colisionais; Diferenciação magmática; Fácies ígneas; Geoquímica; Geologia isotópica; CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7038

O Granito Itaoca é o representante mais jovem do magmatismo do estágio pós-colisional da Faixa Ribeira. Esta unidade está inserida na suíte Nova Friburgo e situa-se no município de Campos dos Goytacazes, região norte do estado do Rio de Janeiro. Trata-se de um corpo plutônico de grandes dimensões, intrudido nas rochas metassedimentares do grupo São Fidélis Terreno Oriental. Este corpo é representado essencialmente pela Serra do Itaoca, havendo também corpos de menor dimensão, mapeados a sul da serra. Esta unidade foi subdivida em três fácies ígneas, com base em variações texturais, sendo elas: fácies porfirítica; fácies inequigranular; e fácies equigranular. A transição entre estas fácies se dá de forma concêntrica e gradacional. Composicionalmente são rochas homogêneas, nas quais não há diferenças mineralógicas, ocorrem apenas variações na proporção modal dos minerais que as compõem. A unidade é composta basicamente por monzogranitos, sendo encontrados também quartzo monzonitos e sienogranitos. Grande quantidade de xenólitos são encontrados em regiões específicas da Serra do Itaoca, sendo estes dos tipos surmicáceos, microgranulares máficos e xenólitos de anfibolito. As rochas do Granito Itaoca pertencem à série cálcio-alcalina, são metaluminosas a fracamente peraluminosas, apresentam altos teores de potássio e são supersaturadas em sílica. As razões de 87Sr/86Sr, calculadas para 476 milhões de anos, idade de cristalização do granito Itaoca, variam entre 0,701 e 0,708, indicando fontes magmáticas com assinatura mantélica, assim como o parâmetro petrogenético ƐNd que varia de -13,2 a -11,4. O modelo proposto para a origem do granito Itaoca é de fusão parcial das rochas do Arco Magmático Rio Negro, no momento de quebra do slab da subdução e consequentemente a delaminação da crosta continental duplicada. O magma gerado se aloja nas rochas supracrustais do grupo São Fidélis e nesse processo assimila parte destas encaixantes, contaminado o magma primário. E o principal processo de diferenciação magmática que atuou na formação deste corpo ígneo foi o de cristalização fracionada com assimilação de rochas encaixantes