Joseph Conrad e as arestas da ironia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Guimarães, Valmir Percival
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18456
Resumo: Nesta tese tenho o objetivo iluminar, na literatura de J. Conrad, um estilo ou um tom diferente do esperado. Evidenciarei que, pela ironia, o oposto do ideal de progresso passa a existir, por meio do eufemismo. Com isso, temos a valorização do leitor diante da obra de arte, afinal, a ironia não é ironia até que ela seja interpretada como tal. Para além de suas formas verbais, na Primeira Parte investigo os diferentes modos pelos quais a ironia opera. A partir disso, argumentarei que a literatura de J. Conrad dispõe de estratégias que delatam uma consciência paradoxal, consequência do ideal do Esclarecimento. Para sustentar tal argumento, como fio condutor adoto as obras Heart of Darkness e Lord Jim e Chance. Esta tese compreende que esses textos são marcados por um conflito insolúvel entre a impossibilidade e a necessidade de uma comunicação completa. A partir da negociação do autor com os artifícios empregados no jogo da linguagem, considero que os processos de diferenciação e de relação envolvem uma oscilação rápida entre dois significados diferentes. Nesse caso, denotação e conotação não podem ser vistas ao mesmo tempo, mas também são inextricáveis uma da outra. Por fim, aconselho que a reflexão com base no pressuposto da relação da ironia com a ação política da literatura de J. Conrad e de outros exemplos seja entendida não como causa e efeito, mas sim como um espaço discursivo que cria possibilidades para novos conceitos políticos e culturais.