Educação, memória e esquecimento: uma análise das narrativas museológicas sobre a escravidão
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18773 |
Resumo: | A presente pesquisa tem como tema central a representação da escravidão nos espaços museais. Defendo, a partir do diálogo com Paul Ricoeur (1994), que os museus, lançando mão de múltiplos recursos – acervos, exposições, mediações – produzem narrativas que mobilizam determinados sentidos sobre a escravidão. A fim de compreender os significados mobilizados por tais narrativas, realizei um mapeamento dos museus dedicados ao tema no Brasil. Após a identificação das instituições, analisei, tendo como base as imagens dos acervos disponíveis na internet e as publicações realizadas em suas respectivas redes sociais, as representações elaboradas por tais museus. A fim de aproximar o olhar das problemáticas e questões relacionadas à representação da escravidão, empreendi um estudo de caso com foco no Museu do Escravo, localizado na cidade de Belo Vale, em Minas Gerais. A escolha da instituição ocorreu por razão dos seguintes fatores: a tipologia do museu - história; o caráter público - museu municipal; a longevidade - fundado em 1977. A partir da análise das exposições e das entrevistas com os representantes da instituição, identifiquei que, assim como outros museus, as representações elaboradas pelo Museu do Escravo perpassam por questões relacionadas ao reconhecimento da escravidão como tema sensível; à identificação do racismo como um fator que impacta o modo como as pessoas se relacionam com a memória da escravidão; e às dificuldades orçamentárias para realização do trabalho. A análise do trabalho desenvolvido pela instituição analisada indicou também a tentativa de diálogo com questões suscitadas tanto pela historiografia quanto pelos movimentos sociais que têm como foco as memórias relacionadas à escravidão. Observei, também, o impacto da concepção contemporânea da educação museal sobre a abordagem proposta pelo museu, tendo em vista a proposta de fortalecer o espaço enquanto um local de debate e reflexão crítica tanto sobre o passado quanto sobre o presente. |