Compulsão alimentar: aspectos relacionados à mensuração, prevalência e tratamento.
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4754 |
Resumo: | Os três estudos que integram a conclusão desta tese têm como tema central a compulsão alimentar periódica (CAP). Dois dos estudos foram conduzidos no ambulatório do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (GOTA-IEDE), uma unidade da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, referência para o tratamento das referidas patologias. O primeiro estudo apreciou a validação concorrente de uma escala que acessa a gravidade da CAP em pacientes obesos, a Escala de Compulsão Alimentar Periódica (ECAP). O instrumento foi aplicado a 196 indivíduos obesos que buscavam tratamento para perder peso, foi comparado com uma entrevista considerada padrão-ouro para o diagnóstico do transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) e mostrou-se adequado, no ponto de corte 17, para o rastreamento do transtorno nessa população de pacientes obesos. O outro estudo, conduzido na mesma instituição, em uma amostra de pacientes obesos com o diagnóstico de TCAP, avaliou o efeito de um programa de aconselhamento nutricional na manutenção dos benefícios obtidos com o tratamento combinado de terapia cognitivo-comportamental (TCC) e topiramato, um agente anticonvulsivante. Esse ensaio clínico havia mostrado a eficácia do tratamento combinado, quando comparado à TCC associada ao placebo, na perda de peso e na remissão dos episódios de CAP. No estudo pós-tratamento com aconselhamento nutricional, observou-se acentuado reganho de peso no grupo que previamente utilizou farmacoterapia, e manutenção da discreta perda de peso obtida com a TCC, mostrando também que os pacientes que se mantiveram sem a CAP reganharam menos peso do que aqueles que voltaram a apresentar CAP. Além desses dois estudos conduzidos em amostras clínicas, um terceiro estudo estimou a prevalência de episódios de CAP em uma amostra representativa da população de mulheres com 35 anos de idade ou mais, no Município do Rio de Janeiro. Esse estudo foi o primeiro estudo de base populacional em adultos nessa faixa etária no Brasil e também o primeiro a utilizar a auto-percepção da saúde, avaliada por um único item, no campo dos transtornos alimentares. Nossos resultados corroboram os achados de outros estudos que utilizaram medidas diversas de qualidade de vida, no sentido de um comprometimento global à saúde referido pelos indivíduos com compulsão alimentar, independente do índice de massa corporal. |