Petrografia, geocronologia U-Pb, geoquímica isotópica Lu-Hf do Complexo Intrusivo Forno Grande, Orógeno Araçuaí, sul do Estado do Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Macêdo, Iago Mateus Lopes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16864
Resumo: O estágio pós-colisional do Orógeno Araçuaí é marcado por um intenso magmatismo que vai do Cambriano ao início do Ordoviciano. Esse magmatismo é reconhecido como supersuíte G5 e tem como característica plútons inversamente zonados e processos de mistura de magmas. Com uma área de aproximadamente 100 km², o Complexo Intrusivo Forno Grande (CIFG) intrude ortognaisses relacionados à supersuíte G1 além de mármores e paragnaisses do Grupo Italva. O CIFG apresenta nas suas bordas rochas monzograníticas que variam de textura inequigranular seriada fina a média a inequigranular porfirítica, apresentando diversos enclaves microgranulares máficos e xenólitos dos ortognaisses da encaixante, além de fluxo magmático marcado pelos fenocristais de K-feldspato. Na região centro-sul e no interior do maciço afloram rochas que variam de máficas a intermediárias sendo classificadas como granodiorito, quartzo-monzodiorito e diorito. As texturas de mistura de magmas são observadas tanto macro- quanto microscópicamente e indicam a presença de dois magmas contrastantes na gênese dessas rochas. As idades U-Pb datadas em amostras de monzogranito e quartzo-monzodiorito se estendem de 524 Ma a 489 Ma. Por fim, um dique hololeucocrático forneceu idade de 427 ± 15 Ma e representa um pulso magmático tardio. Dados isotópicos Lu-Hf obtidos para o CIFG apresentam valores de ƐHf positivos e negativos que indicam fonte crustal e mantélica, onde os valores de ƐHf positivos possuem idades TDM mais jovens, enquanto os valores de ƐHf negativos possuem idades TDM mais antigas. Além disso, observou-se a existência de um reservatório mantélico responsável pela geração e fonte de calor responsável pela fusão da crosta e de pelo menos três fontes crustais distintas na gênese das rochas do CIFG