Idades U-Pb por LA-ICP-MS em veios de carbonatos de calcários da Formação Jandaíra, região sudoeste da Bacia Potiguar, NE do Brasil
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19827 |
Resumo: | Recentemente, minerais que preenchem estruturas rúpteis e veios têm recebido atenção tanto da academia quanto da indústria devido ao seu potencial como geocronômetro de deformação. Podendo ser utilizado em diversas áreas das geociências, como estudos de eventos tectônicos, hidrocarbonetos, metalogenia, sismologia, avaliações ambientais e hidrogeológicas. Diversos métodos geocronológicos têm sido aplicados para datar deformações rúpteis, e a datação U-Pb em carbonatos precipitados em planos de falhas ou veios é um deles. Minerais carbonáticos como calcita, aragonita e dolomita, formam-se em diversos ambientes geológicos, esses minerais podem acumular urânio durante sua formação, tornando-os úteis para a geocronologia U-Pb. Entretanto, a implementação da rotina em laboratório utilizando estes minerais não é trivial, devido a diversos fatores, como o baixo conteúdo Urânio em carbonatos, dificuldade no desenvolvimento de padrões carbonáticos e procedimentos laboratoriais (equipamentos, softwares de tratamento). Este trabalho possui como objetivo a implementação do método U-Pb em carbonatos na rotina do Multilab UERJ e a aplicação da metologia em amostras provenientes da Bacia Potiguar. No nordeste do Brasil, bacias intracontinentais relacionadas à abertura do Atlântico Sul se desenvolveram sobre o embasamento pré-cambriano da Província Borborema. A Bacia Potiguar e outras bacias rifte intracontinentais nesta região (ex. Araripe, Rio do Peixe, Jatobá, etc) são segmentos chave para a compreensão da evolução das margens Equatorial e Sul, devido à sua associação com a intersecção entre dois ramos do rift Atlântico, juntamente com registro estratigráfico e estruturas relacionadas a sistemas de rift abortados desenvolvidos durante o Neocomiano. Essas bacias são controladas por falhas rúpteis proveniente de reativações de zonas de cisalhamento neoprotetozóicas, fornecendo evidências diretas de que a herança tectônica Precambriana da Província Borborema desempenhou um papel no desenvolvimento do rift atlântico. A área de estudo deste trabalho localiza-se na porção sudoeste da Bacia Potiguar, em um vale cárstico formado pelo rio Apodi-Mossoró. É composto pelos calcários da Formação Jandaíra depositada durante o Eoturioniano-Eocampaniano (Cretáceo Superior) relacionada ao estágio pós-rifte e drift da evolução da Bacia Potiguar. Os afloramentos da área de estudos são fraturados, e algumas dessas fraturas são preenchidas com carbonatos, sua formação está relacionada ao campo de tensões pós-rifte que afetou não apenas os calcários de Jandaíra, mas também outras unidades desta bacia, e reativaram sistemas de falhas regionais. Este trabalho relata as as primeiras idades U-Pb de veios carbonáticos preenchendo estruturas rúpteis da Bacia Potiguar. As idades foram obtidas durante a implementação do método U-Pb em carbonato no Multilab UERJ, realizado por este trabalho. As idades encontradas para os veios que possuem direção N-S, fornecem as idades mínimas de formação dessas estruturas entre 45 e 30 Ma. As idades obtidas estão associadas a tectônica extensional da crosta continental na região durante a abertura do Oceano Atlântico e relacionadas à deriva da placa da América do Sul após o rompimento da Pangea, além disso estas idades também podem ser associadas a eventos de magmatismo na Bacia Potiguar e a Orogenia Andina. |