Diversidade do fitoplâncton ao longo de um gradiente de eutrofização em baías do estado do Rio de Janeiro - Baía de Ilha Grande/Baía de Sepetiba (23°S,43°O)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Miranda, Felipe Augusto Vasconcelos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22641
Resumo: A zona costeira do estado do Rio de Janeiro é densamente habitada e o impacto da pressão antrópica sobre o ambiente marinho é visível, especialmente nas baías da região. A eutrofização é um dos principais problemas decorrentes desta pressão antrópica. Esse estudo faz uma avaliação da composição e diversidade funcional de comunidades microplanctônicas das baías de Sepetiba e Ilha Grande, que são potenciais formadores de florações. As baías se localizam a oeste da região metropolitana, em uma área com um gradiente demográfico ao longo da costa. Agrupando as espécies por traços característicos e comparando com dados ambientais coletados in situ, avalia-se a distribuição de grupos funcionais fitoplanctônicos em resposta a um gradiente espacial de eutrofização. As amostragens foram realizadas no âmbito do projeto de cooperação internacional VELITROP (Vulnerability of tropical littoral ecosystems to eutrophication, 2020-2024) em novembro de 2021 e abril de 2022. Por meio da análise conjunta dos dados ambientais e da comunidade planctônica, foi possível constatar a influência crescente da eutrofização na estrutura da comunidade ao longo de um gradiente que abrange desde a Baía de Ilha Grande até a Baía de Sepetiba. Durante as duas campanhas realizadas, diversos grupos funcionais, incluindo autotróficos estritos (diatomáceas e cianobactérias filamentosas), mixotróficos constitutivos e não constitutivos (dinoflagelados), foram representados ao longo desse gradiente por diferentes espécies. Segundo os índices de diversidade clássicos e Beta-Turnover, há mudanças na comunidade entre estações da Baía de Ilha Grande e de Sepetiba, com evidência de substituição de espécies nos pontos coletados, e não perda de espécies. No entanto, com o aumento da eutrofização, observou-se uma diminuição na dispersão dos traços funcionais, apontando para a presença de um filtro ambiental atuando na convergência de traços e na seleção de organismos especialistas.