Análise fenotípica e molecular da resistência aos antimicrobianos em Pseudomonas aeruginosa provenientes de espécimes clínicos de hospitais privados do estado do Rio de Janeiro e de São Paulo
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23443 |
Resumo: | Pseudomonas aeruginosa é um bacilo Gram-negativo não fermentador de glicose, frequentemente relacionado a infecções associadas à assistência à saúde. Devido à produção de múltiplos fatores de virulência e mecanismos multifacetados de resistência, as infecções por essa bactéria apresentam alta morbidade e mortalidade, constituindo um problema de saúde pública global. O presente estudo teve como objetivo determinar o perfil de sensibilidade a antimicrobianos de primeira linha e a novos antimicrobianos usados na prática clínica; a ocorrência de P. aeruginosa multirresistente (MDR), a frequência de resistência a carbapenêmicos e caracterizar os genes codificadores de carbapenemases em amostras de pacientes assistidos em hospitais privados nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. O perfil de sensibilidade foi avaliado por disco-difusão e a detecção de genes de carbapenemases, por PCR em tempo real comercial. Entre os 130 isolados testados, os antimicrobianos com maiores taxas de resistência foram levofloxacina (40%), imipenem (36%) e meropenem (34%), além disso, 14 (11%) foram classificados como MDR e 20 (15%) com resistência extensiva (XDR). Esses isolados foram testados frente a novos antimicrobianos e a polimixina, sendo 44% resistentes à ceftazidima/avibactam e 19% resistentes à polimixina. A investigação dos genes de carbapenemases em 14 isolados MDR revelou dois positivos para o gene bla-KPC e um para o gene bla-VIM. Além disso, o gene bla-CTX-M, associado a betalactamases de espectro estendido (ESBL), foi detectado em um isolado. Esses resultados indicam que perfis MDR e XDR em alguns hospitais estudados estão associados à resistência aos carbapenêmicos, reduzindo as opções terapêuticas em infecções graves. Dos 14 isolados resistentes a carbapenêmicos, apenas três apresentaram genes de carbapenemases, sugerindo a presença de outros mecanismos de resistência ou outras carbapenemases não pesquisadas. Além disso, a taxa de resistência de 44% à ceftazidima/avibactam sugere a emergência de mecanismos de resistência a esse antimicrobiano recentemente introduzido na prática clínica, o que reforça a necessidade de estudos mais aprofundados sobre a sua natureza e funcionamento. |