Professoras Articuladoras do município do Rio de Janeiro: olhares quanto à Educação de bebês e crianças bem pequenas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rosa, Joana Possidônio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17615
Resumo: Esta dissertação integra a produção acadêmica do Núcleo de Estudos da Infância: Pesquisa & Extensão (NEI:P&E), sob a coordenação da Prof. Dra. Vera Maria Ramos de Vasconcellos, vinculado à Linha de Pesquisa Infância, Juventude e Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PROPED/UERJ). A investigação analisa a temática da Educação das crianças de 0 até 3 anos segundo perspectivas de Professoras Articuladoras (PA), profissionais responsáveis pela articulação pedagógica em interlocução com os diferentes segmentos presentes em creches e Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDI) públicos, do município do Rio de Janeiro. Para tanto, trava diálogo com um grupo de PA da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (SME/RJ) com a pretensão de aprofundar as investigações sobre a história dessas profissionais e sua atuação na Educação Infantil, tendo por foco conhecer seus olhares sobre a Educação de bebês e crianças bem pequenas. Algumas questões nortearam a investigação, como: quando foi criada a função de PA? Que contexto impulsionou a criação da função? Quais as competências atribuídas a essas profissionais? Quem são as Professoras Articuladoras da 7ª CRE? O que pensam sobre a Educação dos sujeitos de pouca idade? A função de Professora Articuladora pode ser considerada uma política pública da Educação Infantil carioca? Através da abordagem qualitativa e elementos da pesquisa quantitativa, seguindo preceitos orientadores de Bogdan e Biklen (1994), diferentes estratégias foram adotadas no desenvolvimento da investigação: i) pesquisa bibliográfica e análise documental; ii) aplicação de questionário impresso e questionário on-line; iii) grupo focal virtual (live). Os resultados apontam para um perfil majoritariamente feminino no exercício da função de PA, ocupantes do cargo de Professora de Educação Infantil, com experiência na área anterior ao desempenho da função de Professora Articuladora. A grande parcela possui nível superior com Graduação em Pedagogia, cursada em instituição privada de ensino. Quanto a atuação das Professoras Articuladoras, os dados indicam que essas profissionais realizam atividades que vão além das descritas no documento que normatiza o funcionamento das creches públicas (Resolução SME n.º 816/2004), ultrapassando a esfera pedagógica. Suas narrativas apresentam a tendência de associar a função de Professora Articuladora a uma política pública da Educação Infantil devido ao relevante papel na articulação pedagógica. Compreendem a Educação das crianças de 0 até 3 anos como importante etapa no desenvolvimento integral de bebês e crianças bem pequenas e como direito, por vezes negligenciado. Apontam ações para a valorização da função de Professora Articuladora como: formação continuada, gratificação pelo desempenho da função, tempo para estudo e planejamento com a equipe. Apesar dos avanços apresentados pela nova Resolução SME n.º 270/2021, que orienta as atividades dessas profissionais, algumas lacunas permitem confundir o trabalho que se espera ser realizado pelas PA.