A violência doméstica contra a mulher na saúde coletiva: uma revisão narrativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Aline Lima de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22717
Resumo: O objetivo desta dissertação foi analisar por meio de que conceitos, enquadres teóricos e temas a violência doméstica contra a mulher tem sido debatida em publicações de periódicos da área da saúde coletiva. A fim de observar e analisar, na evolução temporal das publicações, definições e mudanças na definição de violência doméstica contra a mulher, identificar quais as temáticas foram abordadas e descrever se estes debates acionam políticas públicas e equipamentos de saúde. Trata-se de uma revisão narrativa de literatura. Delimitou-se a análise aos periódicos que possuíam abordagem majoritariamente qualitativa e que estavam na intersecção entre o campo das ciências da saúde e ciências humanas e sociais, obtendo-se 51 artigos que foram observados a partir do método de análise de conteúdo de Bardin. Observou-se que o marco legal da Maria da Penha e os debates suscitados acerca da violência em eventos institucionais ajudaram a construir o conceito amplo que se conhece atualmente. A atenção primária a saúde foi considerada como o local de primeira escolha para a entrada da vítima no sistema de saúde além de ser alocada como referência para o manejo de casos de violência doméstica juntamente com a rede intersetorial. Além disso, a temática mais associada às discussões da violência envolve a assistência às mulheres em situação de violência por parte dos profissionais da saúde. Os dados revelam a evolução da definição da violência doméstica contra a mulher, destacando mudanças conceituais ao longo do tempo, desde a ênfase inicial em danos físicos, sexuais e psicológicos até a adoção progressiva de uma abordagem mais ampla, influenciada pela Lei Maria da Penha. Reconhece-se a importância da atenção primária na identificação precoce e no cuidado das vítimas, embora desafios como falta de capacitação, recursos limitados e barreiras sociais persistam. Há uma mudança de foco nos objetivos das publicações, passando da busca apenas pelo perfil das vítimas para fatores sociais e contextuais associados ao fenômeno, indicando uma evolução no campo da saúde coletiva e abrindo espaço para intervenções mais abrangentes e holísticas.