Prevalência das lesões HPV-induzidas em mulheres entre 20-24 anos no Brasil e regiões após a campanha de vacinação
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23493 |
Resumo: | A causa mais importante do câncer de colo uterino é a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) de alto risco. Embora a maioria das infecções por HPV seja transitória, as infecções persistentes são pré-requisito para lesões precursoras e câncer. As vacinas contra o HPV têm alta imunogenicidade e eficácia contra os principais tipos oncogênicos, mostrando excelente perfil de segurança e em 2014, o Ministério da Saúde do Brasil introduziu no Programa Nacional de Imunizações (PNI) a vacina quadrivalente contra o HPV. O objetivo deste estudo foi comparar a prevalência de citologias de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas do colo uterino no Brasil e regiões em mulheres entre 20-24 anos, antes e depois da campanha de vacinação contra HPV, correlacionando-as com a cobertura vacinal proporcional em relação à mesma faixa etária. Para tal, foi realizado um estudo ecológico onde foram analisados dados do DATASUS dos anos de 2020 a 2024. Os dados de cobertura vacinal de mulheres nascidas entre 2001 e 2005, os dados de projeção populacional e os resultados de citologias normais e com lesões HPV-induzidas de mulheres de 20 a 24 anos que realizaram citologia oncótica entre os anos de 2019 e 2024 foram coletados. As razões de prevalência (RP) foram obtidas em relação aos anos de 2019 e 2020 e foi realizado teste de correlação de Pearson entre cobertura e prevalência de lesões HPV-induzidas, além de análise de tendência. Constatou-se que o Brasil e as regiões Norte, Sudeste e Sul apresentaram redução na taxa de prevalência de testes com lesões induzidas pelo HPV após o programa de vacinação (no ano de 2023, em relação a 2020, respectivamente 0,85, 0,75 e 0,83 e em relação a 2019, respectivamente 0,92; 0,76 e 0,89). As regiões Nordeste e Centro-Oeste não apresentaram reduções significativas. O Brasil e as regiões Sudeste e Sul mostraram correlação negativa significativa entre cobertura vacinal de 1ª e 2ª doses e lesões HPV-positivas. A análise de tendência não foi significativa para nenhuma região. Concluiu-se que mesmo com a redução da cobertura da segunda dose, dez anos após o início do programa de vacinação, o Brasil e as regiões Norte, Sudeste e sudeste apresentaram redução nas lesões induzidas pelo HPV e, apesar de ainda não se observar tendência temporal, houve correlação entre cobertura vacinal e redução das lesões HPV-induzidas nas regiões que apresentaram melhor cobertura vacinal. |