Hidrologia em domínio colinoso associado à Argissolo Vermelho Distrófico Abrupto na Estação Experimental de Pesquisa de Erosão / Assentamento Fazenda Engenho Novo (EEPE/AFEN) – município de São Gonçalo/RJ
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia - Faculdade de Formação de Professores (FFP) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19321 |
Resumo: | As características físicas dos Argissolos promovem naturalmente descontinuidade hidráulica ao longo do perfil, tornando-o susceptível à erosão hídrica e a ocorrência de fluxos lateralizados. Nesse sentido, torna-se relevante a utilização de cobertura vegetal para a conservação do solo e da água, especialmente em áreas agrícolas, pois contribui para a proteção do solo contra o impacto direto das gotas de chuva e para maior estabilidade dos agregados. Além disso, a atuação dos sistemas radiculares colaboram para a formação de bioporos, aumentando as taxas da infiltração de água e contribuindo para a redução das perdas erosivas e do escoamento superficial. A presente pesquisa foi realizada na Estação Experimental de Pesquisa de Erosão / Assentamento Fazenda Engenho (EEPE/AFEN), região que pode ser considerada um polo da agricultura familiar no município de São Gonçalo/RJ. Este trabalho teve como objetivo geral analisar o comportamento hidrológico em área de ARGISSOLO VERMELHO Distrófico Abrupto situado em domínio colinoso submetidos a diferentes manejos e usos. O monitoramento dos potenciais matriciais foi realizado através de tensiômetros com manômetro de mercúrio instalados nas profundidades de 20, 30 e 100 cm em três parcelas de erosão: a) T0 – solo sem cobertura; b) T1 – solo com cobertura de mandioca (Manihot esculenta Crantz) e cudzu tropical (Pueraria phaseoloides); c) T2 – solo coberto com mandioca, cudzu tropical e feijão guandu (Cajanus cajan). O monitoramento da precipitação foi realizado diariamente por meio do pluviômetro Ville de Paris. Os resultados das análises químicas foram comparados com dados obtidos na mesma área em 2014 e revelaram que o solo sem cobertura apresentou os piores resultados em praticamente todos os parâmetros analisados (pH, carbono orgânico, fósforo, potássio, cálcio + magnésio, alumínio, valor V e valor m, bem como as perdas mais significativas ao longo de cinco anos), indicando um processo de degradação do solo no tratamento sem cobertura. Em contrapartida, nas parcelas em que se empregou cobertura vegetal os resultados indicam um processo de regeneração do sistema. Quanto ao comportamento hidrológico foi evidenciado que na parcela T0 em todas as profundidades as variações dos potenciais matriciais foram sempre menores, quando comparadas com T1 e T2. Na profundidade de 20 cm foram observadas as melhores condições de drenagem em todos os tratamentos, especialmente em T1 e T2. Na profundidade de 30 cm, observou-se maiores dificuldades de drenagem. De todo modo, os melhores resultados foram obtidos em T1 e T2. Na profundidade de 100 cm os valores de potenciais matriciais nas três parcelas mantiveram-se próximo a condição saturada ao longo de praticamente todo o período. Os dados de carga total evidenciaram que a parcela T0 apresentou cargas totais iguais ao longo de vários dias, indicando ocorrência de fluxo lateral durante maior período, enquanto em T1 e T2 não foi observado o mesmo comportamento. |