Sobre aprender e produzir discursos espaciais, utilizando o audiovisual, nas aulas de geografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Vaz, João Rodrigo Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13407
Resumo: Neste trabalho o autor se propõe a desenvolver uma metodologia de trabalho inovadora com o audiovisual nas aulas de geografia de ensino básico, de forma que este recurso didático possa transcender a utilização para descrever espaços, seu uso mais tradicional. Apoiado em ideias como a "pedagogia da autonomia", de Paulo Freire, foi proposta a produção autônoma de discursos espaciais audiovisuais a partir da livre apropriação dos conteúdos curriculares pelos educandos. Com isto, buscamos, além de desenvolver habilidades pertinentes à construção de um pensar geográfico, objetivo da geografia escolar, analisar a influência dos discursos espaciais presentes na mídia de massas nas "geografias imaginativas" dos educandos e de que forma a apropriação de técnicas de produção de vídeos pode contribuir para a desconstrução de discursos midiáticos como representantes de um real neutro de intenções e edições. Ao todo foram produzidos vinte e sete vídeos em duas experiências, cinco em uma experiência embrionária e vinte e dois na experiência central desta pesquisa, em dois momentos distintos, em turmas de ensino médio e fundamental do Colégio Pedro II, campus Realengo II, nos anos de 2013 e 2014, durante o período em que o autor foi professor substituto da instituição. Na experiência central, realizada no ano de 2014 com cinco turmas de nono ano do ensino fundamental, buscamos construir uma caracterização, a partir da tabulação de dados obtidos em questionários, da relação destes educandos com a mídia e a forma de acesso a bens culturais. É pertinente esclarecer que não se pretende construir um modelo a ser replicado acriticamente em outras realidades, mas oferecer reflexões sobre o uso de recursos didáticos inovadores e a necessidade de contextualizarmos nossas práticas pedagógicas diante da consolidação do "Meio-Técnico-Científico-Informacional" em um mundo globalizado. A análise destes vídeos, na visão do autor, confirma a influência dos grandes meios de comunicação na leitura de mundo dos educandos. Por outro lado, também indica possibilidades de empoderamento a partir da apropriação autônoma de discursos sobre o conteúdo curricular tradicional, possibilidades que podem transcender o espaço da educação formal. Pretende-se com as reflexões aqui apresentadas contribuir com todo geógrafo educador que se utilize desse recurso, o audiovisual, dentro ou fora das salas de aula.