Movimento e estruturação genética de duas espécies de peixes de um riacho costeiro de Mata Atlântica, Marica RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Azevedo, Rafael Santos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19515
Resumo: Compreender como a dispersão e a estrutura populacional estão inter-relacionadas é uma questão de interesse comum entre ecólogos e geneticistas de populações. Neste trabalho temos como hipótese que as diferenças no comportamento de movimentação de Astyanax hastatus e Geophagus brasiliensis no Rio Ubatiba, RJ, influenciam na estruturação genética das populações, de forma que G. brasiliensis, devido ao seu comportamento territorialista, realiza menos movimentos, apresenta menor fluxo gênico e algum grau de estruturação genética, enquanto A. hastatus por ser uma espécie de hábito mais ativo, possui maior fluxo gênico ao longo do rio, apresentando assim uma população panmítica. Para testar essa hipótese avaliamos a intensidade do movimento de cada espécie, utilizando a técnica de captura, marcação e recaptura (CMR) dos peixes, bem como determinar o nível de estruturação genética para ambas as espécies através de um marcador mitocondrial (D-loop). Para CMR, apesar do baixo número de indivíduos marcados recapturados, os resultados mostram que A. hastatus se movimenta mais e em distâncias maiores que G. brasiliensis, possuindo assim uma maior intesidade de movimento e uma maior área de vida. A. hastatus apresentou maior diversidade genética em relação a G. brasiliensis, esse resultado está associado a maior capacidade de dispersão e outras características da biologia de A. hastatus, como desova pelágica e distribuição mais ampla. A estruturação genética verificada através do índice Fst sugerem que A. hastatus representa uma unidade panmítica, enquanto que, G. brasiliensis apresenta estruturação genética entre o ponto mais a montante e os demais, sendo atribuido ao isolamento por distância, devido as características como comportamento territorialista, cuidado parental e movimento restrito. No Rio Ubatiba, independentemente de qualquer padrão inerente à história da colonização da bacia, as características biológicas das espécies (hábito sedentário e não sedentátio) são sugeridas como fatores determinantes dos níveis de diversidade e estruturação genética observada para estas espécies