O autocuidado da criança com diabetes mellitus tipo 1: contribuição para a saúde escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pimentel, Ulrick Stephanie Ferraz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11427
Resumo: A Diabetes Mellitus tipo 1 é uma doença crônica relativamente comum, caracteriza-se como a segunda doença crônica mais frequente na infância, menos prevalente apenas que a asma, e sua incidência vem aumentando nas últimas décadas. As crianças portadoras da diabetes mellitus tipo 1 possuem demandas de cuidados contínuos que envolvem o monitoramento adequado da glicemia capilar, aplicação de insulina, alimentação balanceada e o planejamento e prática de atividades físicas, para que se alcance o controle metabólico. Considerando que a escola é o ambiente onde a criança passa grande parte do seu dia, esta caracteriza-se como um espaço de vivência da criança diabética, e pode influenciar no seu manejo adequado. Assim, constitui-se um grande desafio assistir esta clientela e atender suas especificidades e diversas demandas de cuidado no contexto escolar. Objeto de estudo: o autocuidado da criança portadora de Diabetes Mellitus tipo 1 no contexto escolar. Objetivos: descrever o autocuidado realizado por crianças com diabetes mellitus tipo 1 no contexto escolar; identificar os desafios encontrados por esses escolares na realização do autocuidado na escola e analisar na perspectiva das crianças, as estratégias adotadas para superação desses desafios. Metodologia: pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo descritiva e exploratória, desenvolvida através da entrevista semiestruturada. Os participantes da pesquisa foram dezesseis crianças portadoras de diabetes mellitus tipo 1, com idade entre 6 e 11 anos. O cenário de estudo foi um ambulatório de endocrinologia pediátrica, situado em um hospital federal no estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados no período entre junho e julho de 2016, e foram analisados a partir da análise de conteúdo de Bardin, sendo interpretados à luz da Teoria de Promoção da Saúde de Nola Pender. Resultados: Os relatos apontam que quando bem orientadas, as práticas de cuidado estão de acordo com o recomendado. Entretanto, ainda existem algumas práticas que precisam ser aprimoradas e estimuladas a serem realizadas no ambiente escolar. Com relação às dificuldades evidenciou-se que falta nesse ambiente recursos materiais e humanos necessários para dar suporte a essa clientela nas suas demandas de cuidado. Conclusão: Consideram-se duas possíveis estratégias para garantir que as necessidades especiais da criança com diabetes mellitus tipo 1 sejam atendidas no ambiente escolar. A primeira é que o enfermeiro esteja lotado neste ambiente e que atue não apenas como educador em saúde e prestador de atendimento, mas que este auxilie também a escola na adequação das suas rotinas e do seu projeto político pedagógico às necessidades especiais desta clientela. Entretanto, sabe-se que a presença deste profissional neste ambiente ainda não pode ser garantida em todas as realidades educacionais. Nesse sentido, considera-se o aperfeiçoamento dos recursos já existentes através do Programa Saúde na Escola.